Argentina. Oscar Ojea, novo presidente da Conferência Episcopal até 2020

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09 Novembro 2017

Para muitos, era o candidato do Papa Francisco. O certo é que o bispo de San Isidro, Oscar Ojea, ontem, tornou-se o primeiro não arcebispo – ou seja, que faz parte de uma categoria de escalão mais baixo – a chegar à presidência da Conferência Episcopal Argentina, que abarca mais de uma centena de bispos dos país.

A reportagem é de Sergio Rubin, publicada por Religión Digital, 08-11-2017. A tradução é do Cepat.

Contudo, sua eleição ocorre após o principal candidato, o arcebispo de Buenos Aires, cardeal Mario Poli, ter sido o mais votado por seus pares na primeira rodada, mas caiu. Contudo, Poli foi eleito o primeiro vice-presidente, cargo que já vinha desempenhando.

A eleição de Ojea – que sucede ao arcebispo de Santa Fé, dom José María Arancedo, que não podia ser reeleito por estar a dois períodos no cargo – significa o início de uma nova etapa na Igreja argentina. Porque se considera que será mais permeável em acompanhar as palavras e os gestos muitas vezes audazes do Pontífice.

Neste sentido, os futuros passos de Ojea podem ser fundamentais para destravar a demorada visita de Francisco à Argentina. Além disso, não se descarta que promova o aprofundamento do compromisso social e religioso da Igreja.

De qualquer modo, a eleição de Ojea não foi um passeio. Não só porque venceu Poli na primeira votação, mas porque precisou ir até a terceira votação que – diferente das duas primeiras, que exigem dois terços – requer maioria simples para chegar ao cargo. Meses atrás, dizia-se que Poli não desejava ser presidente, mas nas últimas semanas parece ter mudado de opinião. Será que foi central a reunião que manteve com o Papa, dias passados, no Vaticano. Ojea tem muita ascendência sobre o clero que mais se sintoniza com Francisco.

Nascido em Buenos Aires há 71 anos, e ordenado sacerdote em 1972, Ojea foi consagrado bispo em 2006 e passou a atuar como auxiliar de Buenos Aires, sendo colaborador direto do então cardeal Jorge Bergoglio, que o havia impulsionado. Em 2009, foi nomeado bispo coadjutor (com direito a sucessão) de San Isidro, sucedendo a dom Jorge Casaretto.
    
Ali, coube-lhe, sobretudo, enfrentar um caso de abuso sexual cometido por um sacerdote em situação muito difícil. Conduziu o problema com grande determinação e estabeleceu pontes com as vítimas.

Considerado um bispo “em saída”, conforme agrada a Francisco, Ojea se caracteriza por percorrer palmo a palmo a diocese, marcada pelos grandes contrastes sociais. Na Cáritas conduziu uma ordenada gestão.

Além de Poli, na cúpula eclesiástica o auxiliará o bispo de La Rioja, dom Marcelo Colombo, também muito alinhado com Francisco, muito aberto e que costuma falar claro sobre os problemas sociais, entre eles, sobre os excessos da exploração mineira.

Na secretaria geral, continuará o bispo de Chascomús, dom Carlos Malfa, chave na relação institucional com a secretaria de Culto da Nação. As eleições, que foram realizadas na casa de exercícios espirituais El Cenáculo - La Montonera, em Pilar - prosseguirão até sexta-feira, já que são muitos os cargos a ser efetivados.

Entre eles, a presidência da estratégica comissão da Pastoral Social, encarregada das relações com políticos, empresários e sindicalistas. Seu atual titular, o arcebispo coadjutor de San Juan, Jorge Lozano, não pode ser reeleito. Menciona-se para sucedê-lo o bispo de Lomas de Zamora, Jorge Lugones.

Ainda não está definido se, ao término das deliberações, haverá um pronunciamento.

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