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Por: André | 23 Junho 2016

De acordo com os últimos cálculos científicos, a máquina de Anticitera poderia ter sido concebida pelo próprio Arquimedes. Tinha múltiplas utilidades que reuniam desde conhecimentos de Astronomia até calendários sociais.

A máquina, que poderia ser considerada um antiquíssimo computador, foi localizado em 1900 por um grupo de homens que fazia mergulhos na costa de Anticitera, ilha grega situada entre Creta e Peloponeso. Um autêntico tesouro encontrado nas profundezas do mar, que há algumas décadas está sendo submetido ao exame das mais prestigiadas lupas do mundo. Sua complexidade reside na sua polifuncionalidade, pois servia não apenas para calcular os movimentos da lua, do sol e prever eclipses, mas também indicava a data de eventos de relevância social, como os jogos pan-helênicos.

Na Antiga Grécia, a Astronomia estava na agenda e necessitava-se de mentes brilhantes que explorassem o jogo desse laboratório universal e democrático que os humanos chamam de céu. Neste sentido, estima-se que o artefato poderia ter sido utilizado como insumo para que Arquimedes e companhia ilustrassem de uma maneira simples todo o conhecimento disponível na época. Nem mais nem menos: um engenhoso invento para democratizar o acesso à ciência.

Christián Carman é doutor em Ciências Sociais pela Universidade Nacional de Quilmes e licenciado em Filosofia pela Universidade Católica Argentina. Atualmente, é pesquisador adjunto do Conicet e analisa acontecimentos históricos da Astronomia antiga. Nesta entrevista, compartilha suas últimas descobertas sobre uma tecnologia que, por sua originalidade e complexidade conceitual, se recusa a sair de moda.

A entrevista é de Pablo Esteban e publicada por Página/12, 22-06-2016. A tradução é de André Langer.

Eis a entrevista.

Você é licenciado em Filosofia. Por que fez esse curso?

É curioso. Toda a minha pensei em estudar Física, mas no quarto ano do ensino médio (no Colégio La Salle) conheci um professor de Filosofia que de algum modo mudou a minha vida. Eu gostava muito das suas aulas e, em algum sentido, o admirava e queria ser como ele. Poder contar, sobretudo, com suas ferramentas e sua capacidade para pensar e discutir problemas. Fascinava-me. Apesar da minha paixão pela Física me voltei para a Filosofia. E a verdade é que não me arrependo. Penso que consegui um balanço importante entre humanismo e ciência.

Talvez provenha daí o seu gosto pela Filosofia da Ciência.

Exato. A Filosofia da Ciência reúne os dois assuntos. Por outro lado, há alguns anos estou com a História da Astronomia.

Até agora, você mencionou certa paixão pela Física, embora tenha estudado Filosofia, mas agora investiga Astronomia. O que estas disciplinas têm em comum?

Quando comecei a Filosofia tinha muito claro que o que mais me interessava não era a Metafísica nem a Ética. Sempre gostei de tudo o que se referia à Lógica. Minha tese de doutorado baseou-se na análise do problema do realismo científico e, basicamente, tratei de descobrir se as teorias científicas inventavam ou descobriam os fenômenos.

Uma pergunta intrínseca ao modo como são produzidos os conhecimentos...

Claro. Dito de outra maneira, busquei observar se o conhecimento é algo a que efetivamente se pode ter acesso ou, ao contrário, é uma construção mental. É possível afirmar que o sucesso das teorias não está necessariamente vinculado à comprovação da sua verdade. Ao longo da história existiram paradigmas que gozaram de reconhecimento, mas eram falsos. Neste contexto, um dos campos mais interessantes para abordar é o da Astronomia antiga.

Por quê?

Porque a Astronomia antiga apoiava-se sobre postulados falsos – por exemplo, que a Terra está no centro do Universo, que os movimentos dos corpos são circulares –, embora ao mesmo tempo tenha sido bem sucedida, porque, por exemplo, indicava a posição dos Planetas e previa os eclipses. De modo que acabei um pouco prisioneiro da Astronomia, não apenas como insumo para a Filosofia. Entusiasmei-me com a possibilidade de descobrir acontecimentos e reinterpretar fenômenos que aconteceram há mais de dois mil anos e em poder dizer algo novo.

Neste contexto, eu me inscrevi em uma bolsa para estudar com o professor James Evans – um dos pesquisadores mais reconhecidos em nível mundial na área – nos Estados Unidos. Eu me propus a trabalhar com o mecanismo de Anticitera. Basicamente, um computador antigo.

Refere-se ao seu estudo sobre o chamado “Ipad de Arquimedes”?

Sim, esse é o seu nome de fantasia. Em 2009, passei a me integrar ao seu trabalho e em equipe examinamos incansavelmente esta tecnologia. Até o momento, embora não se conheça o responsável por sua concepção, há evidências de que poderia ter sido Arquimedes, que construía aparelhos similares.

Sem ir mais longe, existe um texto de Cícero em A República que descreve o mecanismo com bastante detalhe. Pode ser parte da ficção científica, mas sua observação é muito semelhante à que nós reconstruímos depois de observá-lo por horas. Por outro lado, existe uma obra de Arquimedes da qual só se conserva o título – chamada, segundo sua tradução, Como fazer aparelhos de Astronomia? –, o que também é uma pista que poderia indicar tratar-se de uma obra de Arquimedes.

Eu entendo que, em princípio, se acreditava que o mecanismo era do ano 100 a.C. e Arquimedes morreu 100 anos antes...

Exato. Por isso a importância da nossa pesquisa de transladar a criação do aparelho para a época de Arquimedes. Sem propor isso, em base a uma série de cálculos conseguimos comprovar que a tecnologia é mais antiga. Pois bem, para que fique claro: não há nenhuma prova de que foi ele e não outro.

Independentemente de seu autor, em que consistia?

Era uma espécie de computador antigo, que permitia prever uma grande quantidade de fenômenos, tanto astronômicos como sociais. Com a ajuda de agulhas concêntricas mostrava a posição do sol, o dia, o ano, a localização da lua e suas fases, a saída e posição das estrelas, e provavelmente, o lugar ocupado pelos Planetas. Em sua face posterior, contava com um grande calendário lunisolar que era muito mais preciso do que aquele que usamos atualmente. Implicava tão somente em acrescentar um dia a cada 70 anos (bissexto).

Como se isto fosse pouco, contava com outros relógios subsidiários que marcavam quais Jogos Pan-helênicos (Jogos Olímpicos, Píticos, Nemeus, Ístmicos) seriam realizados nesse ano. Uma característica simpática, mas que revela algo muito importante: a união entre sociedade e astronomia que existia nessa época. Também contava com um relógio em forma de espiral que previa eclipses. Este último foi o que nos ajudou a recalcular a data da construção do aparelho.

Não se sabe quem foi seu inventor, mas sem dúvida a Astronomia estava na agenda.

Tratava-se de um tema de circulação social que não era propriedade exclusiva dos especialistas. Empapava a vida cotidiana de uma maneira muito mais profunda. As pessoas sabiam em que época do mês estavam através da observação da lua. Penso que quando as pessoas têm sua vida sincronizada – como atualmente – não se tem muita necessidade da ajuda deste ou daquele evento do Universo. Ao contrário, em um contexto em que a vida das pessoas não é sincronizada necessita-se que todos vejam a mesma coisa simultaneamente, e a única coisa que podemos ver em sociedade é o céu.

O céu como uma espécie de laboratório universal e democrático...

Que bela metáfora. Mas, sim, evidentemente. O céu era uma necessidade.

Quem, na sua opinião, poderia ter utilizado uma máquina como esta?

Bom, contamos com várias hipóteses. Uma possibilidade é que fosse utilizado como um aparelho de navegação. Foi a primeira opção que se propôs, uma vez que foi encontrado em um barco. Mas, na realidade conta com múltiplas funções que não servem para navegar. Depois, poderia ter servido para os astrônomos; embora para um profissional acreditamos que não teria sido de grande utilidade, porque com a realização de cálculos bastava. Ou seja, para ser uma calculadora era muito tosca. A outra opção é ser servisse aos astrólogos para prever o futuro sem a necessidade de estudar Astronomia. No entanto, este campo se desenvolve muito mais tarde no tempo.

E então?

Minha ideia preferida é pensar que esta máquina poderia ter servido simplesmente para ensinar a ciência. Ou seja, era perfeito como instrumento para que um professor pudesse ensinar Astronomia para os seus alunos. Porque resume todo o conhecimento que havia na época.

Finalmente, se Arquimedes estivesse vivo, o que pensa que estaria investigando?

Imagino-o como um matemático puro. Ele fez contribuições tecnológicas, mas penso que seu forte eram os números e as figuras geométricas. De modo que o vejo tratando de resolver um teorema qualquer. É verdade que a divulgação veio depois, mas talvez seguiria um estilo semelhante ao de Paenza.


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