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A velhice acabou: somos todos pós-mortais. Artigo de Armando Matteo

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05 Mai 2016

"Sociedade pós-mortal" significa exatamente isto: a morte não fala mais, e mais ninguém escuta a sua palavra sobre a finitude e a irrepetibilidade das escolhas humanas.

A opinião é do padre e teólogo italiano Armando Matteo, professor de teologia fundamental da Pontifícia Universidade Urbaniana e ex-assistente eclesiástico nacional da Federação Universitária Católica Italiana (Fuci) de 2005 a 2011. O artigo foi publicado no jornal Avvenire, 04-06-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Armando Matteo é autor do livro Presenza Infranta. Il disagio postmoderno del cristianesimo. Assisi: Cittadella Editrice, 2008. (Nota da IHU On-Line)

Eis o texto.

Cada época oferece à Igreja novas oportunidades e novos desafios para o anúncio do Evangelho, para a transmissão da fé de geração em geração, e para o testemunho concreto das reivindicações de caridade e de justiça provenientes da palavra de Jesus.

A nossa época também não é uma exceção, e parece-nos que as questões relacionadas com a extensão da vida são particularmente relevantes, justamente porque tocam a práxis sacramental minúscula, a relação entre cultura e fé, e também a contribuição da comunidade cristã para a construção de uma sociedade mais justa e simplesmente mais humana.

Olhemos, por exemplo, para o capítulo mais delicado do confronto entre imaginários difusos – rápida e radicalmente redefinidos por causa da longevidade de massa – e fé cristã: o capítulo dedicado ao espaço que restou para um anúncio possível da palavra da ressurreição.

Essa imensa vida à nossa disposição tornará ainda desejável outra vida após a morte? Quanto mais a medicina afasta a morte da vida quotidiana – já que morremos cada vez mais tarde, o que poderia, ao menos teoricamente, favorecer alguma reconciliação dos humanos com esse evento –, mais a língua difusa tende a exorcizá-la e quase a anulá-la, a morte. Além disso, são mais do que conhecidas por todos nós os inúmeros sinônimos utilizados para dizer que alguém morreu.

Vai-se do "não está mais aqui" ao "apagou", do "veio a faltar" ao "faleceu", do "passou para uma vida melhor" ao "regressou", do "fez a última viagem" ao "tirou férias e se despediu", do "deixou de sofrer" ao "atravessou as portas do céu", do "acabaram-se os seus dias" ao "adormeceu": e aqui, como se vê, é toda uma série de metáforas que têm como notação comum a dificuldade de aceitar a condição de passividade que caracteriza o ser humano.

Hoje, quando morremos, morremos ativamente. Faz-se algo. Sim, é paradoxalmente assim: nós nunca estamos realmente mortos, nem mesmo quando morremos! Por isso, há muito tempo, a estudiosa francesa Céline Lafontaine cunhou a expressão "pós-mortal" para indicar a nossa sociedade.

Com as suas palavras: "A noção de pós-mortalidade se refere [...] à vontade ostensiva de vencer a morte graças à técnica, de 'viver sem envelhecer', de prolongar a vida indefinidamente". Em suma, a inédita esperança de vida média concedida aos cidadãos ocidentais e as insistências da pesquisa médico-científica, que trata a morte cada vez mais como uma espécie de doença que se deve tentar debelar, tornam hoje a escuta da palavra da morte cada vez mais rara e difícil.

E isso vale não só no sentido elementar de que esse termo e o verbo relativo não encontram mais espaço nem nos manifestos fúnebres! Mais radicalmente, vale para aquela palavra que a morte possui, ao oferecer orientação, contorno e conteúdo à existência humana. "Sociedade pós-mortal" significa exatamente isto: a morte não fala mais, e mais ninguém escuta a sua palavra sobre a finitude e a irrepetibilidade das escolhas humanas.

Ao contrário, o que distingue o modo ordinário de estar no mundo, sobretudo o da população adulta, é um juvenilismo sem freios e sem regras, encharcado de narcisismo, cinismo e individualismo. Somos portadores de um vitalismo exaltado, que as dinâmicas econômicas identificaram e promoveram como verdadeiro mantra da felicidade. É preciso desfrutar. É preciso desfrutar sempre. É preciso desfrutar tudo. O espaço para pensar em outra coisa depois simplesmente perde consistência. Além disso, tal impulso vital é proposto e, graças aos medicamentos de última geração e ao aperfeiçoamento constante das técnicas cirúrgicas, artificialmente prolongado até os 70, 80 e 90 anos.

É preciso estar sempre em forma, sempre atlético, simpático e alegre. Sempre fit! Ai de perder alguma coisa, de adiar algum prazer, de desperdiçar uma boa oportunidade! Diante desse cenário, ainda há alguém que espera o paraíso para ter a felicidade eterna? Ainda há alguém que espera a eternidade para ter uma vida duradoura? Em suma, ainda há alguém que pode escutar, dentro da sua dinâmica existencial, o inédito que a palavra da ressurreição de Jesus trouxe consigo?

No coração da mensagem do Evangelho, de fato, se encontra o evento da ressurreição de Cristo: a morte que lhe havia sido infligida pelo poder romano, a pedido das autoridades judaicas, por causa da sua mensagem de amor e de justiça de alcance universal, não teve sobre Ele a última palavra.

Os cristãos acreditam que Deus mesmo agiu n'Ele e através d'Ele para derrotar o vínculo dramático da morte, revelando, assim também, a natureza ultimamente divina de Jesus e, portanto, conferindo absoluta credibilidade à Sua mensagem. Para aqueles que agora acreditam n'Ele é dada a esperança de que a morte não representa mais um lugar de não retorno, mas um limiar de passagem e purificação para outra vida e uma vida outra.

A mais do que verificada característica remota do evento da morte pessoal, que remove quase toda dramaticidade da antiga sabedoria do memento mori ("Lembre-se de que você deve morrer"), a configuração pós-mortal dos imaginários compartilhados, que comandam um gozo sem cabeça e, acima de tudo, sem fim, a representação da velhice como tempo substancialmente confiado ao cuidado das doenças neurodegenerativas, que, em todo o caso, nos exonerarão de toda vontade e responsabilidade diretas, parecem indicar a perda de antenas, na população ocidental, para a escuta da palavra mais explosiva original que nela jamais foi pronunciada: a palavra da ressurreição de Cristo.

A antiga aliança que o cristianismo, de alguma maneira, tinha favorecido entre a dramática da morte e o anúncio de uma felicidade possível, portanto, teve o seu dia. Está fora de discussão que – ao menos desde a época da peste negra, que atingiu a Europa no fim de 1347, dizimando cerca de um terço da população – a Igreja Católica faz muita força sobre o medo da morte para sustentar a conveniência da fé. Esse medo não existe mais. Desapareceu, veio a faltar, se apagou, se despediu. Está simplesmente morto.

São necessárias outras antenas para que a palavra da ressurreição também não sofra um destino similar.


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