Os católicos já estão consultando a própria consciência, diz pesquisa

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03 Mai 2016

"Os católicos já entendem a importância da consciência; vamos agora nos colocar a ajudar uns aos outros para formá-la bem", escrevem os editores da revista America, em editorial publicado por America, 26-04-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Eis o editorial.

Em Amoris Laetitia (A Alegria do Amor), o Papa Francisco insta os fiéis a consultarem a própria consciência para se orientar na tomada de decisões morais. Ele poderá gostar de ouvir o que um estudo recente descobriu: muitos católicos já estão fazendo exatamente isso. De acordo cm o Centro de Pesquisas Pew (Pew Research Center), 73% dos católicos “baseiam-se ‘em grande parte’ em sua própria consciência para orientarem-se em questões morais difíceis”. Os números mostram que a exortação não é simplesmente uma sugestão para um caminho a ser seguido, mas um reconhecimento poderoso da realidade atual para muitas pessoas.

A Igreja urge os seus fiéis a fazerem todo o esforço possível para a construção de uma consciência bem-formada, o que muitas vezes é feito com o auxílio do magistério católico e através do diálogo com os outros. O estudo citado, no entanto, descobriu que a maioria dos católicos tem menos experiência com essa abordagem. Apesar da popularidade do Papa Francisco e da ampla cobertura da imprensa, somente 11% dos católicos “baseiam-se ‘em grande parte’ [no papa] para orientarem-se em questões morais difíceis”. Somente 21% disse consultar os ensinamentos da Igreja “em grande parte”, e 15% afirmou voltarem-se para a Bíblia. Muitos católicos também informaram que evitam discussões religiosas com pessoas das quais poderiam discordar (31%, número maior do que qualquer denominação cristã nos EUA).

É claro que os católicos não precisam escolher somente entre estas fontes como uma maneira de formar a própria consciência. No entanto, contar com o magistério da Igreja, com a tradição e conversões de outros fiéis companheiros – inclusive aqueles de quem discordamos – pode desafiar-nos a pensar mais profundamente sobre a nossa fé e as maneiras como ela influi em nossas decisões morais. Os católicos já entendem a importância da consciência; vamos agora nos colocar a ajudar uns aos outros para formá-la bem.