Por: Jonas | 02 Fevereiro 2016
O Papa investiu contra a “mediocridade” dos sacerdotes que se conformam com uma vida ‘normal’, que buscam seu próprio prazer e perdem o interesse pelos demais, durante uma audiência com superiores e estudantes do Pontifício Seminário Lombardo.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 25-01-2016. A tradução é do Cepat.
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Fonte: http://goo.gl/t44puE |
“Muitas vezes, aparece uma tentação no caminho que deve ser rejeitada: a da normalidade, a de um pastor ao qual lhe basta uma vida “normal”. Então este sacerdote começa a se conformar em receber alguma atenção, julga o ministério com base em suas conquistas e se abandona na busca daquilo que gosta, chegando a ser frio e sem um verdadeiro interesse pelos demais”, criticou Francisco.
“Se um sacerdote opta por ser uma pessoa ‘normal’, será um sacerdote medíocre, ou algo pior”, acrescentou em seu discurso aos membros do instituto eclesiástico que acolhe sacerdotes do mundo todo, que foram enviados para se especializar em Roma, em uma das universidades pontifícias.
Sendo assim, pediu-lhes que optem por uma vida “simples”, que se distanciem das superficialidades e da “mundanidade”. Para isso, disse-lhes que o importante é “a comunhão genuína com o Senhor e com os demais”.
Igualmente, evidenciou a necessidade de se usar, diante dos fiéis, uma linguagem simples e os exortou a não se converter “em pregadores de doutrinas complexas”.
“São Carlos (Borromeu) queria pastores que fossem servos de Deus e pais para as pessoas, especialmente para os pobres”, disse. O Papa recordou que só podem proclamar o Evangelho aqueles que fazem de suas vidas “um diálogo com a Palavra de Deus, ou melhor, com Deus que fala”.
Por outro lado, convidou-lhes para que tenham uma relação assídua com seu bispo. O Papa advertiu que quando não se tem uma relação “frequente com o bispo”, o bispo “se isola” e sua “fecundidade diminui”.
Desse modo, disse-lhes que os conhecimentos adquiridos nas diferentes disciplinas não tem um fim em si mesmo, mas, pelo contrário, “devem ser implementados na oração e encontro real com as pessoas”.
Por isso, ressaltou que não significa nenhum benefício se formar de maneira “segregada” e explicou que “a oração e a cultura” são pedras que constroem um “único edifício”. “Os sacerdotes de hoje e de amanhã devem ser homens espirituais e pastores da misericórdia”, concluiu.