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Bolívia. Obra divide país e "quebra encanto" de Evo

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03 Outubro 2011

É pau, é pedra, é o fim do caminho. Financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e construída pela empresa brasileira OAS, uma estrada de 306 quilômetros que cruza um território indígena na Amazônia boliviana levou o país ao transe. Uma repressão violenta e planejada contra os índios que faziam a marcha de protesto até La Paz abalou a imagem do presidente Evo Morales e seu partido, o MAS (Movimento ao Socialismo).

A reportagem é de Fernando Gabeira e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 02-10-2011.

Dois ministros caíram, um porque discordou, outro porque camuflou informações sobre a repressão. A ministra da Defesa do país, Cecilia Chacón, recusou-se a lançar o Exército na aventura e rompeu com o governo. O ministro do Interior Sacha Llorenti tentou culpar os auxiliares e caiu de forma menos honrosa.

Llorenti fez sua carreira na defesa dos direitos humanos e essa contradição foi decisiva contra ele. A imagem de Evo Morales também sofreu abalo em várias dimensões.

Evo combatia o neoliberalismo e seus adversários dizem que usou o mesmo método dos neoliberais. Dizia-se defensor dos índios mas sua polícia algemou o líder da marcha, Adolfo Chávez, e o manteve de cara no chão. Em seguida, nuvens de gás lacrimogêneo atingiram as índias descalças a ponto de 300 crianças ficarem, momentaneamente, perdidas.

E, finalmente, Morales dizia-se ecologista e o projeto da estrada não tem nada de ecológico. Suas constantes odes à Madre Tierra foram ironizadas.

As acusações contra Evo, e um pouco contra o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, também fizeram parte do discurso da oposição. O líder da União Nacional, Samuel Doria Medina, afirmou que ambos tiveram suas campanhas financiadas pela OAS.

Os índios condenaram a estrada porque temiam que Morales, de uma região que produz coca, tinha prometido mais terra aos cocaleiros no Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Securé. A região onde Morales lidera o sindicato da coca chama-se Chapare.

O Brasil também está sendo acusado, apesar de logo após o surgimento do conflito o BNDES ter anunciado que congelaria os créditos. A estrada abre duas novas saídas para o Pacífico e é importante para os dois países.

Entretanto, o contrato firmado pelo BNDES e o governo da Bolívia diz que as divergências jurídicas serão resolvidas em foro brasileiro. Isso contraria o Artigo 320 da Constituição boliviana.

As manifestações de quarta-feira, em várias grandes cidades do país, não envolveram apenas a oposição. Foi construída uma ampla frente nacional. Os slogans eram muito duros com Morales e o MAS. Um deles dizia: "Massistas e direitistas são a mesma porcaria". Os universitários de Cochabamba pediram em seus cartazes: "Evo, pare de nos chamar de irmãos".

Apenas uma violenta repressão contra a marcha indígena não reuniria tanta gente condenando o governo. A aceitação de Morales já estava no seu nível mais baixo, 30%, antes dos incidentes.

Trabalhadores da COB (Central Operária Boliviana) exigiam também um aumento de 2% no salário, prometido, mas, até agora, não pago. Em janeiro houve o "gasolinaço", protestos contra o aumento da gasolina. Morales recuou.

Nos anos de seu governo, a Bolívia está crescendo em torno de 4% ao ano. Alguns observadores acham que o crescimento não teve efeitos ainda no cotidiano da população pobre. Assim como na Argentina, não há índices oficiais de inflação. As pessoas dizem que os preços subiram e isso pode também ter influenciado a revolta. Para recuperar seu prestígio, Evo Morales pediu perdão ao indígenas da Bolívia e tenta montar uma comissão com a ONU, a Unasul e a Corte Interamericana de Justiça com o objetivo de atenuar as responsabilidades de seu governo.

Para os brasileiros sobraram ainda algumas referências laterais. A OAS está sendo acusada de superfaturar a obra. Um quilômetro de estrada na Bolívia custa US$ 500 mil. Na estrada que atravessa o território indígena, o quilometro custará em torno de US$ 1,5 milhão.

O líder da Convergência Nacional, Osnei Martinez, afirmou que uma empresa brasileira-argentina, chamada Tsimane, está promovendo caça e pesca no parque dos índios e cobra US$ 7 mil por semana. Na entrevista, ele mostrou fotos das instalações.

As organizações indígenas fizeram, na manhã de sexta-feira, marcha de 5 mil pessoas, em apoio a Morales. "Evo no está solo", era a palavra de ordem dos manifestantes.

A repressão aos índios que protestavam contra a estrada colocou a Bolívia na rota da instabilidade. A marcha reprimida foi retomada e deve chegar à La Paz no dia 15. Sua presença na capital coincide com as eleições na Justiça, marcadas para o dia seguinte. Evo Morales, nos primeiros dias de desgaste, culpou a imprensa. Sua ideia de retomar a estrada com um referendo foi rejeitada pelos índios. O referendo promoveria a consulta em Beni e Cochabamba, e os índios afirmam que, pela Constituição, eles são os únicos com poder de escolha.

O Estado acompanhou a marcha em favor de Morales, andando ao lado dos indígenas, para documentá-la. Ela deu a ideia de como a Bolívia está dividida. Em alguns lugares, palmas, em outras vaias. O ataque aos índios em Yucatán quebrou o encanto de Morales e precipitou o governo numa crise que revela suas divisões. Sacha Llorenti afirmou, ao se demitir, que não estava abandonando um barco que afunda pois acredita que a "revolução correrá mais rápido ainda".

Como ninguém afirmou que o barco está afundando, suas declarações serviram para inquietar mais ainda a base do governo. Morales e o processo boliviano não serão mais os mesmos. Aqui, o argumento de que o presidente não sabia de nada nem autorizou a repressão quase não tem peso.

 


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