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08 Março 2011

"O extremismo islâmico, do qual Bin Laden era o emblema, não conseguiu arrastar as massas do mundo muçulmano. A Al Qaeda se reduziu a uma seita sem fecundidade política."

A análise é de Gilles Kepel, estudioso do extremismo islâmico e professor de ciências políticas em Paris, em artigo para o jornal La Repubblica, 05-03-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Lembro-me de um café da manhã no Clube dos Professores de Harvard com Samuel Huntington, alguns anos depois da publicação do seu famoso artigo, depois do seu livro, sobre o Choque de Civilizações. Gostaria de saber por que, para elaborar o seu argumento, ele havia usado, dentre outros, o meu livro A Revanche de Deus (Ed. Siciliano, 1999). Nessas páginas, eu explicava como, nos anos 70, se desenvolveram os movimentos políticos religiosos dentro do cristianismo, do judaísmo e do Islã.

Quis traçar paralelos transreligiosos entre esses fenômenos; demonstrar como, embora de modo diverso, cada um dos três nasceu em reação à crise da modernidade e do mundo industrial, ao enfraquecimento das solidariedades sindicais e operárias depois do desaparecimento do trabalho na fábrica, do aumento do desemprego e assim por diante.

Paradoxalmente, porém, Huntington havia extraído apenas a parte islâmica do meu livro, usando-a para argumentar o caráter excepcional do Islã. Sobre isso, havia fundamentado uma visão unívoca do Islã, sem entender que, dentro dessa fé, opunham-se várias forças, chocavam-se para controlá-lo ou para impôr uma divisão entre a referência laica e a religiosa na luta política e no espaço público.

A discussão com ele nesse dia foi cortês, mas floresceram posições radicalmente diferentes. Alguns anos depois, chegou o 11 de setembro de 2001. Huntington conheceu um segundo triunfo: os atentados da Al Qaeda, aos olhos de grande parte dos comentaristas, convalidava as suas teses e o caráter absolutista do Islã, transformavam a grande massa dos fiéis em sequazes de Bin Laden.

Do meu lado, no livro Jihad: Expansão e Declínio do Islamismo (Ed. Biblioteca do Exército, 2003), havia procurado explicar que o islamismo atravessava, justamente, um declínio. De fato, ele havia se dividido. De um lado, havia os grupos radicais destinados a usar sempre mais a violência, na esperança de que ela despertaria as massas e dispararia a revolução islâmica. Esses grupos eram uma versão muçulmana das Brigadas Vermelhas ou da Rote Armee Fraktion alemã. De outro lado, havia os islamistas como o AKP turco, prontos para participar do sistema político, destinados depois a ver sua própria doutrina se dissolvendo no pluralismo e a reconhecer que a soberania deriva do povo e não de Alá: a democracia. No dia 12 de setembro, enquanto Huntington triunfava na mídia, certos jornalistas franceses pediram a minha remoção da cátedra, já que os meus escritos lhes pareciam sem sentido.

Porém, hoje, transcorridos 10 anos, essa análise me parece certa. O extremismo islâmico, do qual Bin Laden era o emblema, não conseguiu arrastar as massas do mundo muçulmano. A Al Qaeda se reduziu a uma seita sem fecundidade política.

Por outro lado, os regimes autoritários e ditatoriais dos vários Mubarak e Ben Ali, considerados pelos ocidentais como "baluartes" contra o extremismo islâmico, também se tornaram obsoletos.

Hoje, os povos árabes emergiram desse dilema – espremidos entre Ben Ali ou Bin Laden. Fizeram novamente um ingresso em uma história universal que viu cair as ditaduras na América Latina, os regimes comunistas na Europa oriental e também os regimes militares nos países muçulmanos não árabes, como a Indonésia e a Turquia.

Consequentemente, os islamistas que propunham a participação política dentro de um sistema pluralista sobre o modelo turco hoje prevalecem, embora no Egito não foram capazes de impôr seu próprio vocabulário político, e são obrigados – sem prejudicar os desenvolvimentos futuros – a seguir as revoluções democráticas árabes, ao invés de invocar a soberania de Alá.

Por isso, acredito que o sociólogo político tinha razão com relação a certos estudos que reduziam a sociedade a textos ideológicos.

Muitos, com grande ingenuidade, escrevem agora que o islamismo desapareceu, que os árabes se assemelham aos europeus ou aos americanos. A realidade, porém, é mais complexa. Os árabes, de fato, estão construindo uma modernidade, hesitante. Não é um acaso que a primeira revolução árabe tenha ocorrido na Tunísia e que o slogan mais célebre tenha sido expressado em francês: "Ben Ali dégage", "vá embora", retomado fielmente pelos egípcios em um país onde quase ninguém fala mais francês. Os egípcios o ouviram na Al Jazeera e ele se tornou um slogan revolucionário.

Na Tunísia, há um verdadeiro pluralismo cultural franco-árabe. Isso nos faz entender a verdadeira natureza das revoluções em curso: radicadas nas culturas locais e, ao mesmo tempo, nas aspirações universais, com todas as dificuldades que isso comporta.


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