Crise leva frigorífico paranaense Diplomata a parar

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Por: André | 20 Novembro 2012

Depois de fazer um pedido de recuperação judicial, enfrentar a desconfiança de produtores e fornecedores e fechar diversas plantas produtivas, o frigorífico Diplomata chega ao ápice de sua crise. Em nota oficial divulgada na última sexta-feira, a empresa declarou que está suspendendo temporariamente as atividades nos abatedouros que ainda se encontravam ativos, nas cidades de Capanema (Sudoeste do Paraná) e Xaxim (SC). O motivo é a falta de recursos para continuar as operações, devido ao surgimento de “obstáculos contínuos que impedem o seu adequado funcionamento”. A empresa pertence ao deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB).

A reportagem é de Igor Castanho e publicada no jornal Gazeta do Povo, 20-11-2012.

As dívidas de aproximadamente R$ 455 milhões levaram a companhia a um processo de recuperação judicial, no começo de agosto. Em outubro foi entregue o plano, que apontava alternativas para retirar o frigorifico do vermelho. Paralelamente, avicultores reclamavam da falta de informações e do atraso em pagamentos de lotes e na entrega de rações. No entanto, o cenário que apontava para melhora com a entrega do plano se reverteu.

Em 19 de outubro, um despacho da juíza de direito substituta de Cascavel, Iza Maria Bertola Mazzo, determinou o afastamento da diretoria da Diplomata e pediu investigação por parte do Ministério Público. Segundo a nota divulgada pela empresa, mesmo com a posterior suspensão da decisão por parte do Tribunal de Justiça, o fato debilitou o caixa da empresa e arranhou ainda mais a imagem perante o mercado, comprometendo seu funcionamento. Sem dinheiro, não restou alternativa além da paralisação temporária das atividades. A princípio, acreditava-se que a medida valia apenas para a unidade de Xaxim, mas a assessoria do grupo confirmou que o ato também vale para o abatedouro de Capanema, caracterizando a paralisação total da empresa.

A nota diz que o alojamento está sendo interrompido. Já o abate permanece até que os 10 milhões de aves que ainda estão no campo sejam retirados. Depois disso, os cerca de 5 mil trabalhadores nas duas unidades receberão férias coletivas. No lado dos trabalhadores, a situação é considerada preocupante. “Até agora foram feitas muitas promessas, mas nada foi feito”, relata Diego Ferraz, advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Xaxim (Sintrac). Ele diz que o sindicato está tomando medidas legais para assegurar o pagamento dos funcionários em caso de demissão. No lado dos avicultores, a articulação é na mesma direção. “Nesse momento, o risco de o trabalhador ficar sem receber é grande”, observa Alexandre Bergamin, coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul do Brasil (Fetraf-Sul/Cut).

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