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Filme anti-islã é usado por radicais em seu jogo político. Entrevista com Tariq Ramadan

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17 Setembro 2012

Os protestos que varreram o mundo islâmico nos últimos dias foram alimentados por grupos radicais que emergiram da clandestinidade depois do terremoto político causado pelas revoltas da Primavera Árabe.

A análise é do suíço Tariq Ramadan, 50, um dos principais pensadores do islã no Ocidente. Para ele, os protestos evidenciam a disputa pelo papel primordial de guardiões da religião e colocam pressão sobre os islamitas moderados que chegaram ao poder no Egito e na Tunísia.

"É uma contradição extremamente delicada: como se relacionar com o Ocidente de forma crítica e manter a credibilidade religiosa diante de sua população", diz ele.

A reportagem e a entrevista é de Marcelo Ninio e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 17-09-2012.

Mas Ramadan não poupa críticas à política dos EUA para a região, à qual atribui parte do sentimento antiamericano. Uma das maiores contradições, afirma, é que os EUA mantenham como aliadas as "petromonarquias" do golfo Pérsico, que são as principais fontes financeiras e ideológicas dos salafistas.

Tariq Ramadan é professor de estudos islâmicos contemporâneos em Oxford (Reino Unido), mestre em filosofia, doutor em estudos árabes/islâmicos. Islamitas radicais o condenam por rejeitar a guerra religiosa. Em 2004, governo Bush lhe negou visto para os EUA por suspeita de ligações com terroristas. Ele neto de Hassan al Banna (1906-1949), o fundador da Irmandade Muçulmana e autor do livro "Islã: a Reforma Radical" (2009), entre outros.

Eis a entrevista.

Por que um filme que poucos viram é capaz de incendiar o mundo islâmico?

Não é uma surpresa, se lembrarmos da controvérsia das caricaturas [do profeta Maomé] na Dinamarca, em 2005. O problema é que hoje nos países de maioria muçulmana há correntes que usam essa controvérsia com o objetivo de se apresentar como a única e exclusiva corrente islâmica.

Militantes salafistas (islamitas ultraconservadores) empurraram nesse rumo no início dos protestos, no Egito. Depois eles se alastraram para outros países, onde as pessoas nem viram o filme, mas tiveram reação emocional ao desrespeito ao profeta.

Líderes e intelectuais islâmicos têm a responsabilidade de deixar claro que violência não é aceitável e que o islã nos ensina a ser sábios em nossas reações.

Quem são os salafistas? Há coordenação entre eles?

É uma questão importante, porque as revoltas no mundo árabe deflagraram uma disputa entre islamitas na Líbia, na Tunísia e no Egito. Os salafistas estão tentando competir pela credibilidade religiosa nas sociedades. Há 15 anos, eles rejeitavam o jogo político, dizendo que a democracia não é islâmica.

Mas algo mudou. Tendemos a esquecer, mas isso começou no Afeganistão, quando o Taleban, que estava distante da política, foi usado contra a Rússia pela Arábia Saudita, com o apoio dos EUA. Em oito meses, tornaram-se uma força política.

No Egito, em seis meses vimos grupos que consideram a democracia anti-islâmica criando partidos e ganhando 24% do Parlamento.

Está claro que, embora não seja um só grupo, há conexões. A Rand Corporation publicou um relatório há três meses dizendo que, um pouco antes da eleição no Egito, organizações do Qatar e da Arábia Saudita colocaram US$ 18 milhões (R$ 36 milhões) em grupos salafistas.

Na Tunísia, também houve apoio semelhante. Portanto, esses grupos estão recebendo um empurrão. Supõe-se que todos sejam islamitas e trabalhem juntos com a Irmandade Muçulmana, mas na verdade ocorre o oposto. O objetivo é criar divisões na tradição islâmica sunita. O mundo islâmico vive uma competição por espaço.

Há um terceiro fator: nesta semana, participei de uma discussão com Paul Wolfowitz [ex-subsecretário de Defesa dos EUA], que tentava explicar que os EUA cometeram um erro ao deixar o Qatar se envolver nas medidas de segurança da Líbia.

Eu respondi que é estranho os EUA dizerem que o Qatar é o aliado errado. Os EUA são aliados das petromonarquias do golfo Pérsico, de onde os salafistas recebem recursos financeiros e ideológicos. É um jogo bastante complexo, que vai muito além de saber se você está com os salafistas ou com o Ocidente. E varia de um país para outro.

Qual o interesse dos EUA em ter aliados que apoiam radicais antiamericanos?

É uma contradição não resolvida e muitas vezes usada pelos EUA. À primeira vista, qualquer tipo de desestabilização nos países muçulmanos é contra os interesses americanos. Mas também justifica sua presença na região, o que significa controle.

Devemos ter uma compreensão mais profunda do que está acontecendo. A instabilidade nesses países não joga só contra os interesses americanos, mas também a favor.

Como os EUA devem lidar com as petromonarquias?

Nada justifica violência e assassinatos, é anti-islâmico. Mas o governo e a sociedade americanas têm que entender que a percepção geral no Oriente Médio é que os EUA só se importam com os seus próprios interesses. Ontem estavam apoiando ditadores e hoje apoiam democracias, mas só para garantir espaço.

A percepção é que os americanos não se importam com o derramamento de sangue nem com a dignidade dos árabes. Adicione-se a isso o apoio unilateral a Israel e a discriminação contra os palestinos. O que esperamos do governo americano é coerência: se falam de democracia, que apoiem todos os democratas, e não só quando lhes for conveniente.

Obama parecia ter ficado do lado certo da história quando apoiou as revoltas árabes, ainda que com atraso. Isso não melhorou a imagem dos EUA?

Há um grande desapontamento com Barack Obama na região. O que ele fez diferente de George W. Bush? Nada. Há seis anos Bush disse que queria democracia no mundo árabe. São só palavras. O que queremos é mais ação. Mostre-me o que mudou para os palestinos com Obama na Casa Branca: nada. O que mudou para as pessoas que estão em Guantánamo?

Além desses motivos, o sr. concorda que há um sentimento anti-Ocidente enraizado na cultura islâmica?

É verdade, e esse talvez seja o principal motivo da hostilidade. O mundo árabe e os países do sul cultivam um sentimento antiamericano que é composto por grande dose de vitimização.

É claro que há uma tendência no mundo árabe de culpar o Ocidente por tudo e ver os EUA como o demônio. Mas o fato é que a maioria tem percepção negativa. Por isso os EUA têm que fazer um esforço maior para explicar o Ocidente nos países islâmicos.

Governos islamitas moderados, como Egito e Tunísia, terão de escolher entre os papéis de guardiões da democracia ou defensores do islã?

Sim. Estão diante de uma contradição delicada: como se relacionar com o Ocidente de forma crítica e ao mesmo tempo aberta e manter a credibilidade religiosa diante de sua população. É uma situação traiçoeira e um dos desafios do processo democrático.

Os islamitas moderados têm força suficiente para manter esse equilíbrio?


Devem ter o cuidado de não cair na tentação populista de querer ser mais islâmicos que os outros. É preciso propagar a mensagem de que a referência islâmica é manter-se crítico sem ser violento. Não se pode cair na armadilha da divisão entre facções.

No Egito e na Tunísia, a Irmandade Muçulmana diz ter como meta um "Estado civil com referência islâmica". Essa definição não aumenta o espaço para disputas?

Sim, isso precisa ser esclarecido. Essa referência é diferente para moderados e reformistas. Pode ser que algo emerja da experiência política, como na Turquia ou na Malásia. É possível ser democrático com valores islâmicos, como na Turquia. Mas alguns princípios são inegociáveis, como separação de Poderes, igualdade entre os cidadãos e distinção entre o poder político e o religioso. Ainda é cedo para saber se isso será alcançado.

A emergência de grupos radicais pode desviar a Primavera Árabe para o modelo de islã ultraconservador?

É preciso pôr as coisas em perspectiva e lembrar que milhões se manifestaram de forma pacífica para pedir justiça e democracia, e agora há uma minúscula minoria revoltada contra o que é percebido como insulto ao islã. Claro, qualquer coisa pode acontecer. Por exemplo, se Israel decidir atacar o Irã, ninguém pode prever qual será a consequência. Mas eu ainda acho que o movimento popular por democracia é mais profundo e amplo do que reações emocionais causadas por um filme. Líderes e intelectuais muçulmanos precisam levantar a voz contra a violência cometida em nome da religião.


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