Universidades jesuítas pedem o acesso a tratamentos antirretrovirais para todos os doentes de Aids

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Por: André | 03 Dezembro 2013

A Universidade de Deusto, mais nove universidades jesuítas de todo o mundo (Espanha, Chile, Itália, Estados Unidos, Peru, Colômbia, Argentina, etc.) e outras quatro colaboradoras (Portugal, Brasil, etc.) escreveram um livro avaliando os 30 anos de ação contra o HIV-Aids.

A reportagem está publicada no sítio Religión Digital, 29-11-20143. A tradução é de André Langer.

Para celebrar o Dia Mundial da Aids (1º de dezembro), foram celebrados [na tarde da sexta-feira, 29 de novembro] simultaneamente, nas Universidades de Comillas, Deusto e Ramon Llull, diversos atos sobre o tema presididos pelos reitores das Universidades de Comillas e Deusto e pela Secretaria Geral da Universidade Ramon Llull.

Com esta iniciativa, estas Universidades querem fazer a seguinte declaração:

“34 milhões de pessoas vivem com Aids no mundo (Onuaids 2012) e destas, 23,5 milhões vivem na África (5,6 na África do Sul, 3 na Nigéria). Mesmo assim, a África reduziu em um terço o número de mortos por Aids nos últimos seis anos. Nos dois últimos anos aumentou mais de 60% o número de pessoas que têm acesso aos tratamentos. Na maioria dos países viu-se uma redução das novas infecções por HIV/Aids. Mas o tratamento ainda não chegou a mais de sete milhões de pessoas com HIV/Aids e a metade dos infectados do mundo desconhece seu estado.

É fundamental continuar lutando mais para conseguir o acesso de toda a população aos tratamentos antirretrovirais e indagar as causas de injustiça social e desequilíbrio econômico que impedem que isto se produza. O HIV/Aids continua infectando mais as mulheres, as meninas, as pessoas de raça negra e os pobres. O HIV/Aids segue deixando anualmente mais de seis milhões de crianças órfãs por esta causa. No livro sobre os 30 anos do HIV/Aids, aparecem muitos rostos de pessoas vulneráveis afetadas pela Aids: prostitutas indianas, mulheres igbos da Nigéria, drogados espanhóis, mulheres afroamericanas estadunidenses, jovens do Togo, imigrantes da Itália, indígenas brasileiros, etc.

A Aids não é apenas um problema biológico e individual, mas um problema com claras dimensões sociais e culturais. A reflexão sobre a prevenção, sobretudo quando entranha mudanças de modos de vida e comportamento das pessoas e comunidades, deve fazer-se necessariamente tendo em conta o contexto desses estilos de vida e suas raízes históricas, étnicas, antropológicas, religiosas, etc.

No cuidado e atenção às pessoas com HIV/Aids a Igreja católica é uma referência inquestionável. Cerca de 20% das instituições que cuidam de doentes com HIV/Aids no mundo são da Igreja católica. A Igreja não quer apenas acompanhar tantas iniciativas no mundo de ação contra a Aids, mas quer mostrar com esta pesquisa que o tema do HIV/Aids é uma preocupação de suas Universidades e um tema prioritário de pesquisa nas Universidades jesuítas”.