Yunus Emré na oração inter-religiosa desta semana

Mais Lidos

  • A marca de Francisco no conclave de 2025. Artigo de Alberto Melloni

    LER MAIS
  • Caos em SP é nova prova para urgência da adaptação climática das cidades

    LER MAIS
  • O drama silencioso do celibato sacerdotal: pastores sozinhos, uma Igreja ferida. Artigo de José Manuel Vidal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

09 Mai 2014

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Através de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora com Paulo Sérgio Talarico, artista plástico de Juiz de Fora.

Yunus Emre (1240-1321) foi um poeta e místico da Turquia. Não se conhecem muitos dados sobre sua vida. Pode-se dizer que era um derviche sufi (derviches são mendigos; sufi é conhecida como a corrente mística e contemplativa do Islão). Ele viveu em Anatolia, possivelmente na zona de Karaman. Essa época coincidiu com o final dos turcos seljúcidas e o reinado de Osmam Gazi, primeiro sultão otomano.

Num dos seus poemas, ele afirma ter dado a si mesmo o nome de Yunus, sendo Emré o nome genérico com que eram conhecidos os derviches quietistas.

Perto de tiYunus Emré

De novo, vi teu rosto
De novo, meu coração ardeu.
O fogo do teu Amor, amigo,
Incendeia meu coração angustiado.

Quem vê teus traços nobres,
Quem dá a ti seu coração,
Quem fica perto de ti
Nunca está cansado.

Tua palavra é jóia para ele,
E teu rosto, o sol!
Tuas palavras são mais doces que o açúcar,
Quem te vê fica fascinado!

Minha alma era desolação,
Meu fígado, carne grelhada!
Na esperança de teu belo rosto,
Todo o meu ser estava magnificado.

Yunus, sem paz e sem repouso,
Imaginou teu rosto,
Ele se aproximou, ele te viu,
Não fugiu, queimou.

Fonte: Faustino Teixeira & Volney Berkenbrock. Sede de Deus. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 249-250.