Vítimas de Karadima rejeitam acordo com a Igreja e acusam tentativa de limpar a imagem

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Por: Jonas | 24 Julho 2014

As vítimas de abusos sexuais do padre Fernando Karadima rejeitaram o acordo proposto pela Arquidiocese de Santiago para colocar fim à ação por 450 milhões de pesos que interpuseram contra a Igreja.

A reportagem é de Erik López, publicada por Biobiochile.cl, 22-07-2014. A tradução é do Cepat.

O jornalista Juan Carlos Cruz Chellew, o médico James Hamilton e o filósofo José Andrés Murillo, por meio de um comunicado, anunciaram a interrupção do processo de conciliação, que se iniciou em março deste ano.

“Aparentemente, o cardeal Ricardo Ezzati, junto com seu antecessor, o cardeal Francisco Javier Errázuriz, e outros colaborados eclesiásticos, interpretaram esta etapa de possível acordo como uma oportunidade para reescrever a história e limpar, em lugar de sua consciência, sua imagem. Não estamos disponíveis para isso”, disse a declaração.

O fracasso das negociações se produz antes da audiência da próxima segunda-feira, onde as partes deveriam se apresentar diante do ministro Juan Muñoz Pardo. Na demanda civil, as vítimas de Karadima, além da indenização de 450 milhões de pesos, solicita que a Arquidiocese reconheça sua “atuação negligente” nos abusos contra fiéis, durante os últimos 30 anos, e que peça explicitamente perdão.

Eles argumentam a partir das recentes declarações do Papa Francisco, que pediu perdão pela cumplicidade, acobertamento e omissões da Igreja nos casos de abusos sexuais.

No comunicado, no entanto, destacaram que continuam disponíveis para retomar as conversas. “Continuamos abertos a um diálogo respeitoso da verdade, mas não a uma mesquinharia que, em benefício da imagem própria, é capaz de tergiversar a história e manipular as pessoas”.

Em janeiro de 2011, por abusos sexuais e de poder, o Vaticano condenou Karadima a uma vida de penitência e oração, distanciando-lhe de seus fiéis, situação ratificada pelos tribunais de justiça, não obstante a prescrição de responsabilidade penal do sacerdote.

Do processo de conciliação por esta demanda civil, ação judicial que seguirá seu curso, participaram o advogado José María Eyzaguirre, em representação da Arquidiocese de Santiago, e o defensor das vítimas, o jurista Juan Pablo Hermosilla.

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