Por: André | 10 Março 2014
A prudência nestes casos é fundamental, levando em conta muitos outros que aconteceram na Síria. Mas, desta vez, a libertação das religiosas ortodoxas do Convento de Malula, sequestradas pelos rebeldes islâmicos de Jabat al Nusra em dezembro do ano passado. Sua libertação foi anunciada na manhã deste domingo com um tuíte pela rede de televisão Al Arabyia; e, seguida, um porta-voz dos rebeldes da zona de Alamun (onde se encontravam prisioneiras) desmentiu a libertação e indicou que as negociações ainda estavam em andamento.
![]() |
|
Fonte: http://bit.ly/MYm8bg |
A reportagem é de Giorgio Bernardelli e publicada no sítio Vatican Insider, 09-03-2014. A tradução é de André Langer.
Mas agora, a libertação chegou e dentro de pouco serão enviadas ao Líbano, em cuja capital, Beirute, já se encontra o chefe dos serviços de segurança do Catar, Saadé el-Kbayssi, que, segundo a agência Ani, teria se reunido com seu homólogo libanês, Abbas Ibrahim, justamente para acertar os detalhes da operação. É preciso lembrar que o Catar é considerado o principal patrocinador das milícias de Jabat al Nusra e que as negociações entre os serviços de segurança de Doha e de Beirute foram fundamentais para a libertação de um grupo de xiitas libaneses, que estiveram sequestrados 17 meses em mãos dos rebeldes.
As monjas ortodoxas, sírias e libanesas, foram sequestradas em dezembro do ano passado em companhia de três auxiliares do Convento de Malula, a localidade cristã que se encontra ao norte de Damasco e muito conhecida pelo fato de que se trata de um dos lugares onde ainda se fala o aramaico, a língua de Jesus.
Desde o princípio, este sequestro demonstrou-se ser muito menos intrincado, comparado com os sequestros dos bispos de Aleppo e do padre Paolo Dall’Oglio, posto que sempre houve um canal de comunicação com as milícias que as mantiveram prisioneiras.