25 Fevereiro 2014
Uma pesquisa das universidades de Sassari e Cagliari, na Itália, descobriu uma técnica inovadora de "esfoliação química" que permitirá que as janelas se "autolimpem", explorando a luz do sol. O estudo é uma nova aplicação de um composto cuja descoberta foi premiada com o Prêmio Nobel em 2010.
A reportagem é do jornal La Repubblica, 21-02-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Em um futuro próximo, os vidros das janelas de casa vão se limpar sozinhos. Essa é a esperança dos pesquisadores das universidades de Sassari e Cagliari que desenvolveram um novo tipo de nanomaterial de alta tecnologia que promete revolucionar a vida cotidiana.
O estudo, financiado com os recursos da região da Sardenha, abre novas perspectivas no âmbito das aplicações do grafeno, cuja descoberta foi recentemente premiada com o Prêmio Nobel de Física de 2010.
O material, obtido com uma técnica inovadora de "esfoliação química", foi adicionado a uma camada muito fina de óxido de titânio nanoporoso para se obter uma película com uma elevadíssima atividade fotocatalítica, a mais elevada registrada até agora em um filme fino e transparente.
Essa propriedade – por exemplo – permite que os vidros domésticos se "autolimpem" usando a luz solar para eliminar a sujeira depositada nas superfícies e evitando, assim, a manutenção ligada à sua limpeza.
A descoberta, publicada na revista internacional ACS Applied Materials & Interfaces, foi considerada de relevância particular e, portanto, premiada com a capa da edição. Também contribuíram com a descoberta prestigiadas colaborações nacionais e internacionais, particularmente o Instituto Italiano de Tecnologia (IIT), a Universidade Técnica de Graz e a Divisão de Ciência e Engenharia dos Materiais da australiana Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO).