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24 Março 2015

Em Nápoles, o Papa Francisco visitou o bairro pobre de Scampia, que é apresentado como um reduto da Camorra. O padre jesuíta Fabrizio Valletti dirige em Scampia um centro juvenil e conta a vida cotidiana do lugar.

A reportagem é de Christoph Schmidt, publicada no sítio Domradio.de, 21-03-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis a entrevista.

Através do filme Gomorra, Scampia já é conhecida internacionalmente como um reduto da máfia e um "bairro da Camorra". O que está por trás dessas expressões?

Presumivelmente, muitas representações exageradas. Não é que aqui haja cotidianamente mortos pelas ruas, embora tenha sido assim às vezes nos anos 2004-2005, quando havia uma guerra de gangues. Em Scampia, a Camorra está presente de forma desigual: alguns blocos de casas são controlados pela Camorra, incluindo controles de documentos na entrada. São lugares de tráfico de drogas, lugares onde pessoas são escondidas. Mas outras casas estão livres dela. A maioria das famílias aqui não tem nenhum contato com os clãs. Mas, em todos os lugares, são evidentes os fatores que favorecem a máfia: a pobreza em massa, com um desemprego de 60-70%, famílias desestruturadas em que domina a violência, jovens sem perspectiva, que se tornam criminosos já aos 12-13 anos. É daí que a Camorra obtém a sua mão de obra.

E o senhor, o que faz?

O nosso centro faz muitas ofertas, como uma série de encontros que querem favorecer o desenvolvimento da personalidade dos jovens; um amplo programa cultural – temos, por exemplo, uma orquestra com 30 músicos, uma biblioteca, um café literário. Em primeiro lugar, interessa-nos o desenvolvimento profissional dos jovens, muitos dos quais abandonam a escola. Temos uma oficina de costura, um pequeno estúdio de cinema, informamos sobre as carreiras profissionais. Em geral, trata-se de despertar nos jovens o desejo, a vontade de formação e de criatividade. Fazer com que eles entendam claramente que há muitas alternativas à cadeia. Que eles têm muitas possibilidade para usar bem a sua vida.

O que significa uma visita do Papa Francisco para as pessoas daqui?

Para elas, é um momento muito importante. As pessoas são muito fiéis. Mas eu comparo isso a uma febre religiosa. Em três dias, tudo aqui vai ser novamente como antes. Infelizmente, as pessoas simples têm uma fé pouco madura. Em cada sala de estar, há uma estátua de um santo, mas muitos não entendem o coração do ensinamento de Jesus.

Francisco ameaçou os mafiosos de excomunhão muito claramente. Eles entendem isso?

Isso não muda muito, eles não entendem isso. Os clãs têm o seu modo de entender a religião. Os mafiosos querem um funeral vistoso, uma primeira comunhão com despesas grandiosas para o filho, uma ajuda pessoal do santo, do qual portam uma imagem na correntinha de ouro que trazem ao pescoço. É um catolicismo com muita superstição, mas sem ética, sem o sentido do bem comum. Eu conheço, na realidade, criminosos que, na prisão, se converteram a uma conduta de vida cristã. Mas também isso só por egoísmo, porque, a partir disso, esperam depois uma recompensa.

A Igreja não falhou nisso?

Claro. A Igreja, no sul da Itália, dá muito valor à observância dos ritos de devoção e fala muito pouco sobre como a fé deveria incidir no comportamento pessoal, na vida de cada dia. Há pouco tempo, o cardeal Sepe, nosso arcebispo, em uma carta pastoral, exortou os padres a "saírem mais das sacristias", na sociedade, e a se fazerem os problemas sociais como verdadeiros pastores, com o evangelho nas mãos. O Papa Francisco sempre repete isso.

Em vez disso, a máfia conseguiu contar com a tolerância silenciosa da Igreja local.

Havia uma relação cultural. Os chefões, muitas vezes, substituíam o Estado ausente e constituíam um poder de ordem, conservador, anticomunista. Além disso, eram generosos benfeitores da Igreja. Ainda hoje, há uma colaboração entre a máfia e alguns padres. Mas, a partir de Papa João Paulo II, também houve sinais muito claros contra a máfia. Padres foram mortos por terem se manifestado publicamente contra os clãs e os seus negócios. A velha moral dupla não funciona mais como antes.

Então, Camorra, Cosa Nostra e companhia estão se reduzindo?

Isso não. Com a globalização, as suas possibilidades aumentaram. Ainda será preciso muito tempo para extirpar esse fenômeno. Mas é possível tornar a vida mais difícil para os criminosos. A resistência por parte da sociedade aqui em Campania, na Calábria e na Sicília cresce. Mas o importante é o trabalho, a educação, um desenvolvimento econômico saudável. Enquanto o Estado não tiver sucesso, o crime também vai aumentar.


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