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Cristologia, autodefesa de Dupuis. Artigo de Carlo Molari

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26 Fevereiro 2015

Para o teólogo jesuíta belga Jacques Dupuis (1929-2004), a atual ação de Deus através do Verbo e do Espírito diz respeito a toda a história humana e encontra espaços nas várias culturas e religiões, mesmo onde a fé em Cristo não é conhecida ou praticada.

A análise é do teólogo italiano Carlo Molari, sacerdote e ex-professor das universidades Urbaniana e Gregoriana de Roma, em artigo publicado na revista Rocca, n. 4, 15-02-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O ponto focal da divergência entre o teólogo jesuíta belga Jacques Dupuis (1929-2004) e a Congregação para a Doutrina da Fé, da forma como emerge dos dois capítulos póstumos do livro Perché non sono eretico. Teologia del pluralismo religioso: le accuse, la mia difesa [Por que não sou herege. Teologia do pluralismo religioso: as acusações, a minha defesa] (Bolonha: Emi, 2014) é a cristologia, em particular a função da humanidade de Cristo em ordem à salvação.

A declaração Dominus Iesus (DI) afirma que "palavras, as obras e o inteiro fato histórico de Jesus (…) comportam o caráter definitivo e completo da revelação dos caminhos salvíficos de Deus, embora a profundidade do mistério divino em si mesmo permaneça transcendente e inesgotável" (DI 6). Razão pela qual "é contrária à fé da Igreja a tese que defende o caráter limitado, incompleto e imperfeito da revelação de Jesus Cristo, que seria complementar da que é presente nas outras religiões" (ibid.).

A essa afirmação absoluta e excludente, o padre propõe duas séries de reflexões críticas. Acima de tudo, destaca a incoerência ao se defender que, "por um lado, o mistério divino permanece 'transcendente e inesgotável'" e, por outro, "o mistério de Deus se revelou plenamente através do evento histórico" de Cristo (op. cit., p. 73). A Igreja, de fato, ainda está sempre em caminho na história rumo à verdade de Deus.

Dupuis relata, a esse respeito, as palavras de João Paulo II na encíclica Fides et ratio, de 2005, onde ele afirma que, na vida da Igreja, "cada verdade alcançada é apenas mais uma etapa rumo àquela verdade plena que há de se manifestar na última revelação de Deus" (n. 2).

Depois, para mostrar a incompletude da revelação, ele lembra que o próprio Jesus "admitiu não conhecer o último dia (cfr. Mc 13, 32; Mt 24, 36)" e relata a convicção dos exegetas de que "provavelmente Ele compartilhava a errada opinião da época de que o fim estava próximo" (op. cit., p. 73).

Por outro lado, o Concílio Vaticano II, a respeito do modo pelo qual os fiéis de outras religiões são salvos em Cristo, também "professou abertamente a própria ignorância, contentando-se em afirmar que isso ocorre por uma via 'que Deus conhece' (Gsp 22; cfr Ad gentes 7)".

Dupuis ressalta com ênfase o fato de que "tal conhecimento não está incluído na revelação de Jesus do plano de salvação de Deus, embora ela interesse à grande maioria do gênero humano" (ibid.). Ele conclui: "Esses dois exemplos deveriam ser suficientes para nos deixar cautelosos ao afirmar, como faz a Dominus Iesus, que 'a revelação plena e completa do mistério salvífico de Deus é dada em Jesus Cristo'" (op. cit., p. 74).

De modo detalhado, Dupuis critica, depois, a concepção inadequada da linguagem humana seguida pela declaração, segundo a qual "a verdade sobre Deus não é abolida nem diminuída pelo fato de ser proferida em uma linguagem humana. É, invés, única, plena e completa, porque quem fala e atua é o Filho de Deus Encarnado. Daí a exigência da fé de se professar que o Verbo feito carne é, em todo o seu mistério, que vai da encarnação à glorificação, a fonte, participada mas real, e a consumação de toda a revelação salvífica de Deus à humanidade (DV 4), e que o Espírito Santo, que é o Espírito de Cristo, ensinará aos Apóstolos e, por meio deles, à Igreja inteira de todos os tempos, esta 'verdade total' (Jo 16, 13)" (DI 6).

Segundo Dupuis, esse modo de pensar revela "uma suposição a priori, sem fundamento (…) Jesus falava o aramaico do seu tempo e do seu vilarejo, uma língua com riqueza e limites próprios, e o próprio Novo Testamento testemunha as dificuldades encontradas  pela Igreja primitiva para transmitir a sua mensagem em outro idioma" (op. cit., p. 75).

Atribuir a Jesus a capacidade de revelar o mistério de Deus em uma linguagem humana "corre o risco de subestimar a genuína autenticidade da humanidade de Jesus, que não é, de modo algum, abolida pela sua identidade pessoal com o Filho de Deus. As palavras e as ações humanas de Jesus permanecem autêntica e especificamente humanas; não se tornam, de modo algum, mais do que humanas ou sobre-humanas (…) Pensar o contrário significaria supor (…) que em Jesus ocorreu uma comunicação direta do conhecimento divino à sua consciência e ao seu intelecto humanos, e que, do mesmo modo, ocorreu uma superpotencialização da sua vontade humana por parte da divina, com uma consequente perda do seu ser autenticamente humano" (op. cit., p. 74).

A reflexão poderia ser completada com a referência ao caminho de fé de Jesus, que Dupuis não examina para permanecer no plano da doutrina comum, já que o tema da fé de Jesus é discutido entre os teólogos.

Modelos cristológicos diferentes

Outro ponto importante de divergência diz respeito à atividade atual do Verbo e do Espírito, e a sua relação com a natureza glorificada de Cristo. Tanto a declaração Dominus Iesus quanto a Notificação posterior (27-02-2001) são detalhadas.

A primeira, em relação ao Verbo eterno, escreve: "João Paulo II declarou explicitamente: 'É contrário à fé cristã introduzir qualquer separação entre o Verbo e Jesus Cristo [...]: Jesus é o Verbo Encarnado, pessoa una e indivisa [...]. Cristo não é diferente de Jesus de Nazaré; e este é o Verbo de Deus, feito homem para a salvação de todos [...]. À medida que formos descobrindo e valorizando os diversos tipos de dons, e sobretudo as riquezas espirituais, que Deus distribuiu a cada povo, não podemos separá-los de Jesus Cristo, o qual está no centro da economia salvadora' [encíclica Redemptoris missio, n. 6]. É igualmente contra a fé católica introduzir uma separação entre a ação salvífica do Logos, enquanto tal, e a do Verbo feito carne. Com a encarnação, todas as ações salvíficas do Verbo de Deus fazem-se sempre em unidade com a natureza humana, que Ele assumiu para a salvação de todos os homens. O único sujeito que opera nas duas naturezas – humana e divina – é a única pessoa do Verbo [cfr. São Leão Magno, Tomus ad Flavianum: Denz., n. 294]. Portanto, não é compatível com a doutrina da Igreja a teoria que atribui uma atividade salvífica ao Logos como tal na sua divindade, que se realizasse 'à margem' e 'para além' da humanidade de Cristo, também depois da encarnação" (DI 10).

Dupuis especifica que uma coisa é separar, outra é distinguir. A doutrina católica ortodoxa defende que as duas atividades do Verbo eterno e da natureza humana de Jesus, mesmo que não pertençam a dois sujeitos separados, permanecem distintas, como as naturezas que são princípio intrínseco.

Depois de examinar detalhadamente os textos de São Leão Magno citados pelo documento, Dupuis conclui: "Com efeito, deve-se afirmar claramente que, mesmo depois da Encarnação, o Verbo de Deus continua realizando algumas operações sem a cooperação da natureza humana assumida por ele no tempo. Um exemplo em questão é a função do Verbo no ato divino da criação (e da conservação do que é criado), da qual o Prólogo do Evangelho de João fala explicitamente (…) (Jo 1, 1-3)" (op. cit., p. 85).

Ele se pergunta: "Talvez não seria apriorístico afirmar, como faz a DI 10, que 'com a Encarnação todas as ações salvíficas do Verbo de Deus fazem-se sempre em unidade com a natureza humana', se, com isso, se entende que todas as ações salvíficas são, necessariamente, expressadas através da humanidade? (…) Se a função do Verbo no ato divino da criação continua sem a cooperação da humanidade de Jesus, que originalmente não existia, por que a possibilidade de qualquer ação salvífica do Verbo como tal não deveria ser excluída a priori, sobretudo a partir do momento em que falta o fundamento escritural para afirmar essa atividade do Verbo como tal?" (ibid.).

O mesmo problema é enfrentado pela Notificação publicada pela Congregação em 2001 contra Dupuis, onde se declara como errônea a opinião segundo a qual "as sementes de verdade e de bondade que existem nas outras religiões (…) não derivem em última análise da mediação fontal de Jesus Cristo" (n. 4, citado na p. 135).

Dupuis especifica: "As 'sementes do Verbo' estavam presentes e operantes antes que a humanidade de Cristo chegasse à existência" (op. cit., p. 139.). Ele critica, depois, como "enganosa" a expressão "mediação fontal". "O mediador não é a torrente fontal dos elementos de verdade e de bondade que se encontram nas outras tradições religiosas. A torrente fontal ou causa suma é Deus Pai. Jesus Cristo atua como mediador entre Deus e a humanidade, em nome e por iniciativa do Pai" (p. 139).

Um discurso semelhante é desenvolvido também em relação à ação do Espírito Santo que precede a encarnação e cuja atividade pode continuar mesmo depois, independentemente da natureza humana de Cristo: "Uma atividade salvífica do Espírito Santo seria, portanto, possível sem que o Espírito seja necessariamente comunicado pelo Cristo ressuscitado, mas nunca sem estar essencialmente ligado a ele no único, mas complexo, desígnio de Deus para a salvação da humanidade" (op. cit., p. 144).

A discussão poderia parecer insignificante, mas aparece em todo o seu porte quando se leva em consideração que, nessa perspectiva, a atual ação de Deus através do Verbo e do Espírito diz respeito a toda a história humana e encontra espaços nas várias culturas e religiões, mesmo onde a fé em Cristo não é conhecida ou praticada.

Nessa perspectiva, Dupuis conclui coerentemente: "A pluralidade das religiões (…) encontra a sua fonte última em um Deus que é amor e comunicação" (p. 158).


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