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Os movimentos sociais e o lulismo. Entrevista especial com Carlos A. Gadea

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27 Novembro 2010

“O lulismo modificou não só a estrutura dos movimentos sociais, mas também o sistema político em seu conjunto”, constata Carlos A. Gadea. Segundo ele, nos últimos anos, o governo manteve uma relação “ambígua” com os movimentos sociais, “‘engolindo-os’ na maquinaria institucional ou subordinando-os às políticas de compensação na participação direta ou indireta no próprio aparelho do Estado”.

Nos últimos oito anos, eles “reduziram a marcha e muitos se incorporaram como por efeito de osmose ao que seria o lulismo, restando neles o esvaziamento das suas bases e o aparelhamento dos seus dirigentes. Abandonaram o anti-institucionalismo em prol de somar-se aos destinos políticos do governo”.

Na entrevista que segue, concedida por e-mail à IHU On-Line, o sociólogo menciona que, apesar de os movimentos sociais terem perdido força, surgirão outros, “quem sabe muitos vinculados a iniciativas que, justamente, possam dar um ar mais democrático à participação política e menos dependente das figuras políticas articuladoras e intermediadoras entre a sociedade e o Estado”.

Carlos A. Gadea é doutor em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Atualmente, é professor do PPG em Ciências Sociais da Unisinos.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - O que podemos entender pelo fenômeno do lulismo e que modificações ele provocou na estrutura dos movimentos sociais?

Carlos A. Gadea - O lulismo não é só o resultado político e cultural dos governos do presidente Lula durante os oito anos da sua gestão. Muito menos é um movimento político gerado dentro do PT. É, simplesmente, uma prática particular de gerenciamento do Estado e de governabilidade política, algo a meio caminho entre os populismos clássicos e as socialdemocracias de tom pragmático. Aglutina-se ao redor de uma imagem carismática que outorga à cultura política um ar de certo personalismo caudilhista. O lulismo é o resultado da possibilidade política produzida num contexto determinado do país, em que a negociação intra e interpartidária e políticas sociais que possibilitaram o aceso ao consumo a amplas camadas da população teve como corolário uma modificação política tão substancial que é possível falar hoje de um momento histórico pós-Lula. Exemplo disso é a ambígua relação que teve com os movimentos sociais, de certa maneira “engolindo-os” na maquinaria institucional ou subordinando-os às políticas de compensação na participação direta ou indireta no próprio aparelho do Estado. O lulismo modificou não só a estrutura dos movimentos sociais, mas também o sistema político em seu conjunto.

IHU On-Line - O que podemos entender a partir da articulação entre movimentos sociais e Estado?

Carlos A. Gadea - Aquilo que possibilita a governabilidade política a despeito de desradicalizar os movimentos sociais, ao incorporá-los de diversas maneiras na vida institucional do país. Muitos movimentos viraram organizações, meras estruturas formais que em definitivo se tornaram atores sociais intermediadores da ação do Estado e do governo com a heterogênea sociedade brasileira.

IHU On-Line - Segundo o sociólogo Rudá Ricci, movimentos sociais como o MST tem tempo de vida contado no Brasil, aproximadamente cinco anos. O senhor concorda? Por quê?

Carlos A. Gadea - Entendo o espírito da resposta do Ricci. Ele estava se referindo a esse processo de institucionalização dos movimentos sociais e, nesse sentido, da incapacidade de poder ser autônomos aos desígnios do Estado e do sistema político em geral. Ao virarem organizações, o que se entende por movimento social desaparece, conceitualmente falando. Aí Ricci está certo. Com relação ao MST, é claro que já não é mais um movimento social e sim uma organização que mantém uma relação muito particular com o lulismo, de amores e desavenças também. Agora, não sei se é possível falar em datas e, inclusive, se é possível falar na incapacidade, visto o modelo político instaurado, da emergência de movimentos sociais ou ações coletivas diversas no cenário sociopolítico do país. Acho que aí há uma supervalorização do lulismo.

IHU On-Line - Como está a estrutura dos movimentos sociais após oito anos de lulismo?

Carlos A. Gadea - Os movimentos sociais, assim como algumas centrais sindicais de trabalhadores, tiveram que reavaliar seu agir e começar a ver de outros olhos o processo político que estava surgindo. De fato, aquele setor político mais próximo às suas demandas havia chegado ao poder. Daí, os movimentos sociais reduziram a marcha e muitos se incorporaram como por efeito de osmose ao que seria o lulismo, restando neles o esvaziamento das suas bases e o aparelhamento dos seus dirigentes. Abandonaram o anti-institucionalismo em prol de somar-se aos destinos políticos do governo. Isso é evidente, e resta saber as consequências políticas imediatas que isso levou para o próximo governo do PT sob a presidência de Dilma. Manterá a mesma relação que Lula?

IHU On-Line - Com o surgimento de uma nova classe média, ou seja, com a ascensão econômica de muitas famílias brasileiras, qual passa a ser o papel dos movimentos sociais? Eles perdem força ou podem ressurgir no cenário nacional com novas perspectivas?

Carlos A. Gadea - É engano pensar que os movimentos sociais são simplesmente o produto da precariedade econômica ou a pobreza concretamente. Podem perder força, mas não necessariamente pela suposta ascensão econômica de uma parcela significativa da população, e, sim, pelo que se mencionou anteriormente: pela sua institucionalização via cooptação e, por que não, via clientelismo político. Surgirão novos movimentos, quem sabe muitos vinculados a iniciativas que, justamente, possam dar um ar mais democrático à participação política e menos dependente das figuras políticas articuladoras e intermediadoras entre a sociedade e o Estado. Creio que os futuros descontentamentos não serão tanto contra uma prática política do governo ou contra o Estado. Intuo que será contra essa “nova classe” criada pelo lulismo de intermediadores que oficiaram como “negociadores” em instâncias políticas decisivas. Em definitivo, trata-se de uma crítica a uma burocratização crescente do exercício da política e do próprio Estado.

IHU On-Line - O que explica o sucesso de constituição e consolidação do lulismo?

Carlos A. Gadea - Dois pilares: o carisma do presidente Lula, com uma grande capacidade de comunicação e de identificação na maioria dos brasileiros; e a percepção na população do relativo êxito de políticas econômicas que reduziram a pobreza, concomitante a uma visibilidade externa do país com um notório êxito.

IHU On-Line - Que mudanças nas camadas ou estratos sociais brasileiros foram provocadas pelo lulismo?

Carlos A. Gadea - Parece-me reduzir demais os fatos ao dizer isto, mas creio que a mais importante seja a capacidade de consumo, que, obviamente, se vê acompanhado pelos efeitos subjetivos que em cada um ocasiona: autoestima, visibilidade, status, e por aí vai. Não obstante, reconheço que o lulismo abriu ou canalizou, em certa medida, uma agenda de temas vinculados a questões sociais, e que isso trouxe percepções positivas em muitas pessoas. O incentivo para a pesquisa em ciência e tecnologia é uma demonstração.

IHU On-Line - Quais as perspectivas dos movimentos sociais em relação ao mandato da presidente eleita, Dilma Rousseff? Como os movimentos deverão articular com a nova presidente?

Carlos A. Gadea - Há já toda uma maquinaria muito bem azeitada a respeito, e não me parece que os movimentos sociais sofrerão modificação na sua relação com o novo governo. De todas as maneiras, Dilma não tem o mesmo perfil “negociador” de Lula e, inclusive, a sua visão de gestão política administrativa não é tão semelhante à de Lula. Pode ser que tenham um menor protagonismo, inclusive ficando de lado antigos líderes incorporados ao lulismo na sua tarefa política de intermediação. Pouco se sabe a respeito, pois se especula muito sobre a nova presidente.

Parece-me que teremos uma leve transição do que se denominou lulismo para um petismo, processo com um traço menos hábil para a negociação, mais tecnocrata, talvez algo mais verticalista nas decisões políticas e com a base política de sustentação em quadros do PT que não haviam sido muito felizes na época do lulismo. Assim, penso que o lulismo é mais do que o PT, e estaremos governados, talvez pela primeira vez, não por uma pessoa, e sim por uma estrutura partidária. Inicia-se uma nova etapa, em que Lula estará presente, mas não creio que da maneira em que muitos supõem.


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