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O povo indígena Munduruku tem saúde afetada por mercúrio de garimpo

Garimpo na Terra Indígena Munduruku, no Pará, em maio de 2020. | Foto: Marcos Amend/Greenpeace

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26 Novembro 2020

Contaminação por mercúrio chega a 90% em aldeia Munduruku à margem de rio impactado pela mineração.

A reportagem é de Rita Silva, publicada por EcoDebate, 25-11-2020.

No médio rio Tapajós, nos municípios de Itaituba e Trairão, no Pará, o povo indígena Munduruku está sofrendo com o impacto do mercúrio usado largamente em atividade de garimpo. Estudo realizado pela Fiocruz em parceria com o WWF-Brasil indica que todos os participantes da pesquisa estão afetados por este contaminante. De cada 10 participantes, 6 apresentaram níveis de mercúrio acima de limites seguros: cerca de 57,9% dos participantes apresentaram níveis de mercúrio acima de 6µg.g-1 – que é o limite máximo de segurança estabelecido por agências de saúde.

A contaminação é maior em áreas mais impactadas pelo garimpo, nas aldeias que ficam às margens dos rios afetados. Nessas localidades, 9 em cada 10 participantes apresentaram alto nível de contaminação. As crianças também são impactadas: cerca de 15,8% delas apresentaram problemas em testes de neurodesenvolvimento.

“Esse projeto foi concebido para atender a um pedido da Associação Indígena Pariri, que representa o povo indígena Munduruku, em virtude da elevada devastação do ambiente natural e da contaminação provocada pelo mercúrio no rio Tapajós e seus afluentes. Os resultados nos mostram que a atividade garimpeira vem promovendo alterações de grande escala no uso do solo nos territórios tradicionais da Amazônia, com impactos socioambientais diretos e indiretos para as populações locais, incluindo prejuízos à segurança alimentar, à economia local, à saúde das pessoas e aos serviços ecossistêmicos”, explicou o coordenador do estudo e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Paulo Basta.

“Além de impactar a saúde dos rios e florestas, a atividade garimpeira na bacia do Tapajós, impõe aos Munduruku o abandono do seu modo de vida tradicional, haja vista que altera por completo a relação dessa população com os rios; que de fonte de vida, passaram a ser a principal fonte de ameaça à reprodução física e cultural do povo” ressalta Danicley de Aguiar Porta Voz da Campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil.

A análise revelou ainda que os peixes, principal fonte de proteína das comunidades, também estão contaminados. Dados obtidos a partir das entrevistas indicaram que 96% dos participantes ingerem peixes regularmente.

Foram capturados 88 exemplares de peixes, pertencentes a 18 espécies distintas: todos estavam contaminados. A partir daí, o estudo descobriu que as doses de ingestão diária de mercúrio estimadas para os participantes, de acordo com 5 espécies de peixes piscívoros amostrados, foram 4 a 18 vezes superiores aos limites seguros preconizados pela Agência de Proteção Ambiental Norte-Americana (EPA).

As espécies piscívoras, ou seja, que se alimentam de outros peixes, apresentaram os níveis mais altos de contaminação. As maiores médias foram reportadas entre a Piranha Preta (Serrasalmus rhombeus), ultrapassando em quase 4 vezes o limite máximo permitido (0,5 µg.g-1) para comercialização e consumo de pescado, de acordo com as recomendações da FAO/WHO.

“Os indígenas querem saber o que comer, pois os peixes contaminados estão na nossa mesa e o alimento que temos vem do rio. A presença do garimpo afeta não só a saúde, mas toda a nossa vida social com a chegada das drogas, da violência doméstica e da prostituição. É preocupante, mas precisamos de uma solução. A gente tem que criminalizar e punir as pessoas que contaminam o rio”, revela a líder indígena Alessandra Korap Munduruku.

O estudo traz também uma série de recomendações, incluindo a interrupção imediata do garimpo em Terras Indígenas, um plano para descontinuar o uso de mercúrio no garimpo, assim como um plano de manejo de risco para as populações cronicamente expostas ao mercúrio.

A coleta de dados ocorreu entre 29 de outubro e 9 de novembro de 2019, com 200 habitantes de três aldeias impactadas pelo garimpo: Sawré Muybu, Poxo Muybu e Sawré Aboy. O processo incluiu entrevistas, avaliação clínico-laboratorial, coleta de amostras de cabelo e coleta de amostras de peixes para aferição dos níveis de mercúrio.

Curso forma lideranças sobre impactos do garimpo

Em dezembro acontecerá o 3º módulo do curso Impactos da Atividade Garimpeira e a Defesa dos Direitos dos Povos Tradicionais do Brasil. O curso é resultado de uma parceria firmada entre a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV-Fiocruz), a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-Fiocruz) e o WWF-Brasil.

O objetivo é contribuir para a formação de lideranças comunitárias que militam contra a expansão da atividade garimpeira na Amazônia e em defesa dos direitos dos Povos Tradicionais Brasileiros. O curso é direcionado para lideranças indígenas, lideranças jovens, representantes de comunidades quilombolas e ribeirinhas, entre outras, e que vivam em áreas do Brasil que estejam sob a influência direta ou indireta da atividade garimpeira.

Para a pesquisadora Ana Claudia Vasconcellos (EPSJV/Fiocruz), o curso é de fundamental importância, pois colabora para análise e a reflexão sobre o tema, favorecendo a construção de argumentações em defesa dos direitos dos povos tradicionais. “Quando tivemos a oportunidade de debater os resultados da pesquisa com as lideranças indígenas, percebemos o quanto seria importante falar com mais clareza sobre o impacto do garimpo e sobre como ocorre a contaminação humana e ambiental pelo mercúrio. Por meio do curso, buscamos empoderar essas lideranças incentivando o conhecimento técnico sobre o tema”.

 

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