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Dois encontros com Francisco. Um depoimento

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Por: Jonas | 18 Junho 2013

“Diria que Francisco se encontrou na Igreja com fogo; com as brasas feitas de evangelho anunciado e vivido; de homens e mulheres marcados pela santidade autêntica e pela humanidade encarnada; de pessoas cujo credo é o magnificat; de movimentos empenhados em tornar real a fraternidade, a solidariedade, a adoração; de crentes apaixonados por Jesus e pela humanidade; de jovens envolvidos em rede e entusiasmados pelo serviço e a evangelização. Contudo, nesse momento, essas brasas estão muitas vezes cobertas de cinzas; é preciso removê-las para que o fogo se reacenda e volte trazer o calor da ternura, a simplicidade, o reencanto, a fé confessada e compartilhada, a alegria e o serviço”, escreve o padre José Maria Arnaiz (na foto, abraçando o Papa), provincial da Congregação da Companhia de Maria (Marianistas), no Chile, após se encontrar duas vezes com o papa Francisco. Seu artigo é publicado no sítio do Colegio Marianista Instituto Linares, Chile. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

 
Fonte: http://goo.gl/K9nHA  

Os dois momentos que vivi com Francisco, nos dias 6 e 7 de junho, foi uma graça que se converteu em um desafio para mim. É verdade que tem o sorriso contagioso que não tinha, a serenidade que nem sempre transmitia, a confiança que vem do fato de estar nas mãos do Pai e que somente, por vezes, encontrava-se nele, uma ternura nova. Possui a simplicidade, o sentido pastoral, a credibilidade, o ar latino-americano, a escola jesuítica e da vida religiosa, o falar claro e direto e o compromisso com os pobres, que sempre o acompanhou.

O que mais é ouvido e visto no entorno romano e do Vaticano é que com Francisco chegou um novo ar fresco, que oxigenará a variada vida da Igreja. Também se ouve que com a sua chegada ao Pontificado está perturbando, para o bem, a imagem tradicional que temos dos papas. O padre Lombardi nos apontou que já se sente os bons frutos de seu proceder; deixou-se de falar tanto do problema dos abusos sexuais dos sacerdotes e dos muitos e graves problemas internos do Vaticano, e nos meios de comunicação social que dão notícias sobre a Igreja, agora, prevalece a boa notícia do proceder evangélico do papa Francisco.

Dos dois encontros, um esteve relacionado à presidência da CLAR (Conferência Latino-Americana de Religiosos) e o outro à beatificação do cardeal Pironio. Nas duas ocasiões, tive a possibilidade de ter um momento pessoal com ele, e no segundo foi mais de um momento. Nos dois encontros fiquei muito impressionado com seus gestos, suas palavras e sua presença cálida.

Entre os gestos, estiveram o de sentarmos todos ao redor dele e no mesmo tipo de cadeira, o de vê-lo vestido de maneira tão simples, o carinhoso abraço no início e no final dos encontros, a transmissão de um constante e espontâneo sorriso, que segundo ele é “graça de estado” do ser Papa e graça de Deus. Graça de Deus foi e é a minha, já que “eu estava no 44º lugar nas apostas de Londres. Quem acertou, é claro, ganhou muitíssimo”.

Entre as palavras... descreveu muito do que viveu desde que foi eleito; fez isto com humildade; fez até algumas brincadeiras. Para a presidente do CLAR, disse que ela podia lhe mandar, uma vez que ele continua sendo um dos 130.000 religiosos da América Latina... Convidou para abrir portas. “Para mudar o rumo... não tenham medo de denunciar e da profecia”. Falou do cotidiano da divisão de seu tempo, de suas comidas, da responsabilidade do protocolo, da importância da expressão da ternura, do fato de que não aguenta viver sozinho e isolado; também entrou nos grandes temas, de que o poder na Igreja não pode ser tão centralizado em Roma e concentrado em sua pessoa, no Papa; das grandes questões do momento socioeconômico, tão desumano e degenerado; “alguns estão sistematicamente empenhados para que haja pobres e para que sejam muitos, já que para existir ricos, é necessário haver pobres”. Repetiu mais de uma vez uma de suas palavras preferidas: não se deve ser autorreferente; na Igreja e na vida é necessário viver com e para os demais. Lembrou-nos que não se deve temer, alguma vez, o erro; o que não pode faltar é a boa intenção e a busca apaixonada do bem; que “prefiramos uma Igreja e uma vida religiosa acidentada por sair e lutar, do que enferma por se fechar em si mesma”; devem comunicar Jesus Cristo e não tanto Francisco. Vários de seus comentários podem se resumir nestas palavras: Amem a justiça com a mesma sede daquele que caminha pelo deserto e procura água. Prefiram a riqueza da pobreza à miséria para a qual o bem-estar moderno nos conduz. Abram o coração à ternura ao invés de prepará-lo para a prepotência. Busquem mais a paz do que o pacifismo. Abram a mente para o seu coração e nele conservem a Palavra de Deus e a façam circular por todo o seu corpo. “O Evangelho não é a regra antiga, nem tampouco um panteísmo enlouquecido. Se olhamos as periferias: os indigentes, os drogados, os que dormem na rua... Esse é o evangelho. Os pobres são o evangelho”.

Entre o que pude ler, com sua presença, está que é visto como um instrumento do Senhor; repleto de paz, como se não fosse Papa, nem tivesse todos os desafios que tem pela frente; é visto sem pressa, sendo o que sempre foi, e sente muito por não poder usar o metrô e o ônibus, em Roma, e saudar as pessoas na rua. Transmite ânimo. Eu mesmo lhe disse que diante do presente e do futuro da vida consagrada, estou buscando algo diferente; faço isso com esperança e confiando que encontrarei e muitos religiosos estão nessa mesma atitude... Ele acrescentou que é também sua disposição. É uma presença de ancião, mas que esquece um pouco disso, e, sim, consegue transmitir sabedoria e audácia e conta com proposta alternativa. Ao mesmo tempo, reconhece que ele não tem a última palavra, em todas as coisas, e que precisa imensamente escutar atentamente.

O papado passou por etapas muito diferentes; alguns papas foram modelos de bondade, santidade, simplicidade e sabedoria; outros deixaram em um lugar muito ruim o papel do Espírito Santo, se é que o Espírito Santo teve algum papel ou permitiram que tivesse. Por isso, disse-me que “o desafio é descomunal. Não será simples mudar os hábitos do Vaticano”. Contudo, eu pude lhe dizer que como bom jesuíta e pelo que tinha visto e ouvido, nesses dias, ao percorrer seis dicastérios do Vaticano, e dos mais importantes, não lhe faltava estratégia e isso é indispensável. Em suas palavras também é preciso cuidar da profecia.

Foi de grande sintonia o momento em que conversamos sobre quatro ou cinco grandes problemas da Igreja hoje. Não quer enfrentá-los sozinhos, mas em boa companhia e com grande misericórdia para com as pessoas envolvidas e com um forte sentido da verdade. Tema forte. No entanto, não o faz perder o sono, mas o tem preocupado e preocupado até demais.

Não se esqueceu dos marianistas. O mínimo que se pode dizer é que nos conhece e nos quer. Teve uma lembrança especial em relação à Editora PPC e “Vida Nueva”, no Cone Sul. Lembrou a noite do dia 24 de outubro, quando a revista foi lançada em Buenos Aires, e onde quis estar presente. Não faltou a saudação para seu diretor e bom amigo, José Ignacio López. Deixei-lhe um livro de Eduardo Arens, que nesses dias estava em Roma e que é sobre a Bíblia. Apreciou e agradeceu. Compartilhei-lhe um desejo que Manuel Cortés tinha. Entreguei-lhe e apresentei quatro cartas que deixaram comigo para entregá-lo. Com muita simplicidade e realismo, disse-me que iria lê-las, que compreendesse que não iria respondê-las, mas também não as esqueceriam.

É claro que em mais de um momento, quando estive com ele, disse a mim mesmo: Que bom que podemos estar juntos e que podemos nos olhar nos olhos. Isto é uma graça; e também um compromisso: o de ser generoso na entrega à mesma causa de Francisco, a de uma humanidade mais feliz por crer, mais saudável por ter para viver, mais justa e inclusiva; uma Igreja fraterna, acolhedora, simples, que escuta Deus nos clamores das pessoas. Igreja dos pobres, desperta, que ama o que acredita e anuncia, que dá boas notícias, que é mariana. É preciso converter em eco bem orquestrado o que Francisco diz e faz, para que sua mensagem seja cada vez mais e melhor ouvida e transformada em vida. Chegou a sussurrar-me algo disso, com o último abraço.

Para terminar com uma imagem que me é muito querida, diria que Francisco se encontrou na Igreja com fogo; com as brasas feitas de evangelho anunciado e vivido; de homens e mulheres marcados pela santidade autêntica e pela humanidade encarnada; de pessoas cujo credo é o magnificat; de movimentos empenhados em tornar real a fraternidade, a solidariedade, a adoração; de crentes apaixonados por Jesus e pela humanidade; de jovens envolvidos em rede e entusiasmados pelo serviço e a evangelização. Contudo, nesse momento, essas brasas estão muitas vezes cobertas de cinzas; é preciso removê-las para que o fogo se reacenda e volte trazer o calor da ternura, a simplicidade, o reencanto, a fé confessada e compartilhada, a alegria e o serviço.

Assim, despedimo-nos até a próxima e, nesse intervalo, confiamo-nos à intercessão do cardeal Pironio e à oração um do outro, e nisso acredito que eu saio ganhando, mesmo que ele tenha muitas intenções, uma vez que senti em sua pessoa o perfume da santidade. “Ore por mim para que eu erre o menos possível”.

Nota sobre o autor:

O padre José Maria Arnaiz, que chegou ao Chile com 23 anos, em 1963, é um velho amigo da Conferência de Religiosas e Religiosos do Chile. Já foi seu presidente. Hoje em dia, pela segunda vez, é provincial da Congregação da Companhia de Maria - Marianistas. Antes deste segundo período como superior, de 2000 a 2007, serviu em Roma como secretário geral da União de Superiores Gerais. “Foi - disse – uma grande experiência, diversificada, a de percorrer os continentes e de estar perto do Vaticano... Assim, dei-me conta de que a Vida Religiosa, não apenas na Igreja, mas em cada país, precisa ter uma voz e uma ação que é própria dos religiosos”.

Este espanhol, de origem basca, voltou ao Chile em 2007. “Vi que era bom - apontou - voltar. E isto recomendaria para todos os bispos e cardeais. Voltar às raízes, voltar ao cotidiano”. Muito antes, em 1980, recebeu a nacionalidade de graça chilena. Enrubesce-se e ri ao dizer em tom de confissão: “recebi do general Pinochet em uma cerimônia”.

Junto com seus irmãos de congregação, uns trinta no Chile, tem presença educativa e pastoral em Santiago, Talca, Linares e na localidade de Ventanas. Contudo, além disso, é assessor dos leigos marianistas no Chile. “Estou um pouco envolvido nisso por convicção - enfatiza. Estive um tempo como vigário geral da congregação e tinha essa responsabilidade, mas hoje faço isto por convicção”.

"Padre José María, por que afirma esta convicção?"

"Ultimamente, especialmente porque acredito que a Vida Religiosa está contando com um caminho de revitalização e não acontecerá sem os leigos. O ponto forte é a aproximação, a interação, a integração com os leigos. Deste ponto nos virão muitas luzes".


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