França. Padre é morto em invasão a igreja na Normandia

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26 Julho 2016

Um padre foi assassinado por dois homens que entraram armados com facas numa igreja nos arredores de Rouen, no Norte de França, na manhã desta terça-feira. Os homens mantiveram cinco pessoas sequestradas durante pouco mais de meia hora antes de terem sido abatidos pela polícia. Há um ferido "entre a vida e a morte", segundo relatos não confirmados. 

A informação é publicada por Público, 26-07-2016.

Não são ainda claras as motivações para este incidente, numa altura em que a França se mantém em estado de emergência, na sequência do ataque de dia 14 em Nice, reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico, em que um homem que conduzia um camião atropelou e matou 84 pessoas. O porta-voz do Ministério do Interior adiantou apenas alguns pormenores. 

Os dois homens entraram na igreja de Saint Etienne de Rouvray pelas 10h locais – 9h em Portugal Continental –, onde nessa altura decorria uma missa. Fizeram cinco reféns, incluindo o padre assassinado, Jacques Hamel, de 84 anos, e duas freiras. Alguns órgãos adiantam que uma pessoa conseguiu fugir, alertando as autoridades, que de imediato cercaram o local.

A polícia de intervenção abateu os dois homens quando estes tentavam escapar do local, segundo adiantou Pierre-Henry Brandet. O porta-voz do Ministério do Interior não confirmou os relatos de um ferido grave, como adiantam fontes policiais à Reuters e ao Le Monde, por exemplo, mas diz que os outros reféns estão a receber cuidados psicológicos e que as autoridades procuraram por explosivos durante a manhã. 

O Presidente francês, François Hollande, e o seu ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, anunciaram que se vão deslocar ao local. No Twitter, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou-se "horrorizado" pelo "ataque bárbaro" desta manhã. "A França inteira e todos os católicos estão de luto. Estaremos unidos", escreveu no Twitter

O ataque não foi reivindicado e não existem por agora informações oficiais sobre o que o terá motivado. Apesar disso, Marine Le Pen já fez a ligação a grupos fundamentalistas islâmicos. "O modus operandi faz evidentemente pensar num novo atentado executado por terroristas islamistas", escreveu a líder da Frente Nacional. 

O Vaticano reagiu ao final da manhã, dizendo que o Papa Francisco partilha a "dor e o horror" dos atingidos e que "condena [o ataque] da maneira mais veemente". "Estamos particularmente chocados pelo facto de esta violência horrível ter acontecido numa igreja, um lugar sagrado onde se anuncia o amor de Deus", lê-se no comunicado publicado esta terça. 

Também o arcebispo de Rouen se pronunciou sobre o incidente, num comunicado escrito desde Cracóvia, na Polônia, onde, tal como o Papa Francisco, se encontrava para celebrar uma Jornada Mundial da JuventudeDominique Lebrun anunciou entretanto que vai regressar a Rouen para se encontrar com a população local. 

O arcebispo pede que todos se unam, mesmo os "não-crentes", em volta dos "homens de boa-vontade". "A Igreja Católica não pode ter outras armas para além da prece e da fraternidade entre os homens", argumenta.