“O Sínodo não foi contaminado pelas mentiras”, disse Parolin

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Por: André | 26 Outubro 2015

“O Sínodo ficou protegido contra os venenos e as mentiras. E está dando frutos preciosos para a Igreja universal”. Ao deixar a aula sinodal, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado vaticano, assegurou que a falsa notícia sobre a saúde do Papa “não condicionou minimamente os trabalhos sinodais”, assim como também não tiveram “nenhum efeito” durante a abertura da assembleia as revelações sobre a homossexualidade do teólogo da Congregação para a Doutrina da Fé, o Pe. Krzysztof Charamsa.

A reportagem é de Giacomo Galeazzi e publicada por Vatican Insider, 23-10-2015. A tradução é de André Langer.

O “primeiro ministro” da Santa Sé deplora “a tentativa de criar tumulto sobre questões inexistentes” para tentar envenenar e perturbar um momento particularmente importante da vida da Igreja.

O clamor midiático pela inexistente doença do Pontífice ficou fora da aula. Parolin não acredita em complôs nem em maquinações, mas criticou as falsidades circuladas pelos meios de comunicação. Uma tentativa, garante o cardeal, que caiu completamente no vazio, porque a serenidade e a seriedade da discussão sinodal “não o resistiram”.

A discussão no Sínodo (“construtiva e de elevada qualidade”), acrescentou o secretário de Estado vaticano conversando com os jornalistas ao final da sessão matutina, “desenvolve-se em um clima de colaboração” e o texto final “reúne e expressa as diferentes sensibilidades que surgiram também no debate dos círculos menores”.

Sobre alguns pontos como a comunhão aos divorciados recasados, “é mais difícil encontrar uma síntese entre posturas diferentes”, mas, indicou o colaborador mais próximo de Francisco, foi amadurecendo “progressivamente uma sensibilidade pastoral compartilhada”.

O teólogo Pierangelo Sequeri, presidente da Faculdade de Teologia da Itália Setentrional, compartilha da visão do secretário de Estado. “A atenção do Pontífice moveu para frente a barra da preocupação pastoral com os divorciados recasados – observou. A relação final tem uma perspectiva mais ampla e pode encontrar também um amplo consenso. Na história da Igreja, várias vezes a disciplina foi adequada à evolução dos tempos sem afetar a doutrina”.

É significativo, destacou Sequeri, que “mesmo aqueles que são claramente contra a readmissão aos sacramentos insistam, em suas intervenções, na necessidade de ocupar-se das situações irregulares segundo um espírito de misericórdia”. Ao longo dos séculos, indicou Sequeri como exemplo, aconteceu, como com “a concepção da penitência, que inicialmente era única e depois teve uma evolução que foi acompanhada por uma melhor compreensão da doutrina”.