Papa recorda Hiroshima e Nagasaki e pede para “suprimir para sempre as armas nucleares e toda arma de destruição massiva”

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Por: Jonas | 10 Agosto 2015

Há 70 anos, duas bombas nucleares destroçaram Hiroshima e Nagasaki, e removeram as consciências de todo o mundo. “Foi um trágico evento, que suscita horror e repulsa”, enfatizou o Papa no Angelus, incidindo em que o desastre “se tornou símbolo do desmedido poder destruidor do homem, quando faz um uso desvirtuado da ciência e da técnica”, assim como “uma advertência perene à Humanidade, para que repudie para sempre a guerra e suprima as armas nucleares e toda arma de destruição massiva”.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 09-08-2015. A tradução é do Cepat.

“Este triste aniversário nos convida, sobretudo, a rezar e nos envolver pela paz, para difundir uma ética de fraternidade e um clima de serena convivência entre os povos. Que cada lugar da terra diga com uma única voz: Não à guerra, não à violência, sim ao diálogo, sim à paz”, acrescentou o Papa em sua saudação final, ressaltando que “com a guerra sempre se perde. O único modo de vencer uma guerra é não fazê-la”.

Durante o Angelus, Francisco se referiu ao momento em que Jesus explica o significado da multiplicação dos pães, e a rejeição que suas palavras tiveram em boa parte de seus seguidores. “Jesus parte da experiência da fome e do sinal do pão, para revelar a si mesmo, e convidar para crer nele. As pessoas o procuram, escutam, porque ficaram entusiasmadas com o milagre, queriam fazê-lo rei. No entanto, quando Jesus afirma que o verdadeiro pão de Deus é ele próprio, muitos se escandalizam, muitos não compreendem e começam a murmurar entre eles”.

“Diziam: ‘Não conhecemos seu pai e a sua mãe? Como pode dizer que desceu do céu?’ E começam a murmurar. Jesus responde: ninguém pode vir a mim se não o traz o Pai que me enviou. Quem crê, tem a vida eterna”, recordou Bergoglio, que pediu para refletir sobre isso.

É que “não basta encontrar Jesus para crer nele, não basta ler a Bíblia ou o Evangelho, não basta presenciar milagres. Muitas pessoas estiveram em estreito contato com Jesus e não acreditaram nele, desprezando e condenando-o”, destacou Francisco. “Por que isso? Porque seu coração estava fechado à ação do Espírito de Deus. Se você tem o coração fechado, a fé não entra. Deus Pai sempre nos atrai para Jesus. Somos nós que abrimos nosso coração ou fechamos”.

“Por outro lado, a fé é como uma semente no mais profundo do coração, que se abre quando nos deixamos atrair por Jesus com a alma aberta, sem preconceitos, e reconhecemos em seu rosto, o rosto de Deus, e em suas palavras, a Palavra de Deus”, acrescentou, incidindo em que assim “recebemos o dom, o presente da fé”. E é assim que “podemos compreender o sentido do pão da vida que Jesus nos dá”. “O dom da fé não é um dom particular, não é propriedade privada, mas, sim, um dom que é preciso compartilhar, é um dom para a vida do mundo”, concluiu o Papa.

Ao final de sua intervenção, Francisco demonstrou sua “grande preocupação” com as notícias que chegam de El Salvador, “onde nos últimos tempos se agravaram as penúrias da população por causa da crise, de agudos contrastes sociais e da crescente violência. Animo o querido povo salvadorenho para que persevere unido na esperança, e imploro para que na terra do beato Óscar Romero volte a florescer a justiça e a paz”.

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