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A dignidade morreu no horário de pico

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Por: Cesar Sanson | 03 Agosto 2015

Vendedor ambulante é atropelado por um trem no Rio e, para evitar o bloqueio da estação, um outro trem passa por cima de seu corpo.

A reportagem é de María Martín e publicada por El País, 31-07-2015.

Vendedor de doces e balas nos superlotados trens do Rio de Janeiro, Adílio Cabral dos Santos, como o resto dos colegas de profissão, cruzava os trilhos para evitar que os fiscais apreendessem sua mercadoria. Até que um maquinista o atropelou na tarde desta terça-feira. Ele caiu entre os trilhos e, minutos depois, um outro trem passou por cima de seu corpo por ordem da empresa que gerencia o serviço. O corpo de Adílio estava 'interrompendo' o tráfego, a estação de Madureira estava lotada e 6.000 passageiros precisavam que o trecho fosse liberado para chegar às suas casas. Adílio Cabral dos Santos teve o azar de morrer no horário de pico.

A morte e o tratamento dados ao corpo deste vendedor ambulante e ex-presidiário de 33 anos seria invisível não fossem os passageiros gravarem a cena com seus celulares. A SuperVia, companhia responsável pelos trens urbanos da região metropolitana do Rio, reconheceu que o centro de controle da empresa ordenou que o trem continuasse, em um “procedimento de exceção, sob absoluto controle”, devido ao tráfego intenso de trens com milhares de passageiros. A companhia afirma que Adílio já estava morto, mas a perícia ainda não havia chegado para atestá-lo.

Horas depois, Eunice de Souza Feliciano, mãe de Adílio, assistia estarrecida à cena na televisão sem saber que aquele corpo pixelado na tela, que sumia embaixo de um trem sob o comando de funcionários da estação, era do seu filho. “É uma coisa terrível, uma desumanidade, fizeram sinal para o trem vir, mas o que é isso?”, desabafou Eunice, de 61 anos, aos repórteres. “A gente já estava horrorizado com a situação e depois anunciam que era meu filho. Tem como?”, questiona, antes de as lágrimas cortarem sua fala.

A empresa considerou, entre outras coisas, que o trem tinha altura suficiente para ultrapassar o corpo sem atingi-lo e que a paralisação da linha criaria transtornos para toda a movimentação do horário, quando cerca de 200.000 pessoas viajam em todo o sistema ferroviário. “Passageiros retidos em trens parados tendem a descer irregularmente na linha, aumentando riscos de incidentes, como já ocorreu outras vezes”, justificou a SuperVia. O trem que passou por cima do corpo de Adílio liberou o espaço para desviar outras duas composições que aguardavam lotadas no mesmo trilho. Três trens dando marcha a ré era uma “manobra complicada”, diz a empresa.

Apesar dos potenciais problemas que o corpo de Adílio poderia ter causado no sistema, os bombeiros o encontraram por coincidência. A empresa assegura que os acionou logo depois do acidente, mas o Corpo de Bombeiros nega. Eles foram chamados mais de duas horas após o atropelamento por uma ocorrência de trauma, não relacionada com a morte de Adílio, na mesma estação. “Durante o atendimento, a equipe foi informada pelos funcionários da SuperVia que havia um corpo na linha férrea, próximo ao local de atendimento à vítima de trauma. Um policial militar já estava no local aguardando perícia”, afirma a assessoria do Corpo de Bombeiros. A equipe, então, constatou o óbito e continuou o atendimento do caso para o qual foi chamada até que os bombeiros foram acionados de novo, agora para retirar o cadáver. O corpo de Adílio deixou a linha do trem por volta das 20h, três horas depois do atropelamento.

O Governo do Rio pediu punição para os culpados. O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, disse que os responsáveis devem ser identificados. "O que aconteceu em Madureira é um absurdo, uma situação que não pode acontecer em hipótese nenhuma. Foi um desrespeito, uma desumanidade você autorizar um trem passar por uma via que está interrompida por um corpo de uma pessoa morta", disse Osório.

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil qualificou o episódio como uma “barbaridade” e a Agetransp, agência reguladora que fiscaliza os transportes no Rio de Janeiro, abriu uma investigação para apurar as responsabilidades. A família de Adílio não tinha condições de pagar o funeral. O vendedor foi enterrado nesta sexta-feira com o dinheiro da SuperVia.


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