Por: Jonas | 21 Julho 2014
A trégua de cinco horas – das 10h00s às 15h00s local – proclamadas para permitir a entrada de ajuda humanitária a Faixa de Gaza irá permitir a evacuação da área de algumas poucas centenas de pessoas. Entre outros, estão se preparando para sair da Faixa de Gaza também as três freiras do Instituto Verbo Encarnado – todas estrangeiras – que atuam na Paróquia católica dedicada à Sagrada Família.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 17-07-2014. A tradução é do Cepat.
“Ontem à tarde, depois das cinco”, informa a irmã Gladis, “três mísseis destruíram uma casa muito próxima da paróquia. Algumas horas antes nos haviam chegado também ligações telefônicas de Israel com a indicação de deixar nossas casas. Há alguns dias, as Irmãs de Madre Teresa, com 28 crianças deficientes e nove mulheres idosas, sob o seu cuidado, mudaram-se para a paróquia porque a consideraram um lugar mais seguro. E todos permanecerão em Gaza, junto com o pároco, o padre Jorge Hernández”.
Desde as dez – comunicam as fontes do Patriarcado Latino de Jerusalém – iniciou-se na paróquia a adoração eucarística permanente e hoje será celebrada a Santa Missa “para implorar o perdão para todos, a justiça e a paz”.
Nas mensagens breves, divulgadas pelo Instituto Verbo Encarnado, o padre Jorge e a irmã Gladis descrevem com detalhes comovedores a condição experimentada pela pequena comunidade católica e toda a população de Gaza: “O que é certo”, escreve padre Jorge, “é que os crimes estão aumentando. As crianças começam a ficar doentes pelo medo, estresse, ondas de choque, o ruído contínuo. Os pais fazem tudo o que é possível para que esta violência não as assuste, como brincar e pular todas as vezes que se escuta explosões, dançar, ou simplesmente abraça-las, cobrindo os seus ouvidos”.
Enquanto isso, até a data, o número de mortos pela operação militar israelense contra a Faixa de Gaza já é de 227 mortes entre os palestinos, a maioria civis. Nas poucas horas do cessar-fogo, a população de Gaza está nas ruas para sacar dinheiro nos bancos e comprar artigos de primeira necessidade.
