03 Mai 2014
Os jesuítas nasceram durante um período de grandes mudanças na Europa marcada pelo Renascimento. Seu renascimento depois da Supressão também foi marcado por um grande período de transição – o das revoluções industrial e democrática do século XIX.
A nota é do blog Jesuit Restoration 1814, 28-04-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Foi mais difícil se adaptar às mudanças depois do seu renascimento – particularmente porque uma corrente generalizada, herdada da Revolução Francesa, era a descristianização do Estado. Um dos grupos mais poderosos que tentavam secularizar o Estado eram os maçons, para os quais um ponto de vista deísta especulativo e naturalista tornara-se influente.
No século XVIII, especialmente na França, uma suposta rivalidade entre os maçons e os jesuítas tinha surgido. Ataques intelectuais contra os jesuítas eram vistos como uma refutação eficiente para a antimaçonaria promovida pelos conservadores. Teorias conspiratórias floresceram e persistiram até o século XIX como um componente importante do anticlericalismo francês.
No entanto, em grande parte, ele ficou confinado às elites políticas até os anos 1840, quando ele entrou no imaginário popular através dos escritos dos historiadores Jules Michelet e Edgar Quinet do Collège de France, que declararam "la guerre aux jesuites", e o romancista Eugène Sue, que, em seu best-seller Le Juif errant, representou os jesuítas como uma "sociedade secreta inclinada à dominação mundial por todos os meios disponíveis".
No século XIX, a população de Florença duplicou. A comunidade estrangeira passou a representar um quarto da população na segunda metade do século XIX. Em 1859, o domínio austríaco acabaria em derrota nas mãos da França e do reino de Sardenha-Piemonte.
Na mudança de poder, perdeu-se a proteção que a Áustria tinha oferecido à Igreja, e um dos primeiros atos anticatólicos foi banir os jesuítas, alegadamente devido à influência maçônica. A Toscana se tornou província do reino unido da Itália em 1861, e quatro anos depois, em 1865, Florença substituiu Turim como a capital da Itália.
Vários papas publicaram objeções contra a maçonaria. O primeiro, em 1738, foi o Papa Clemente XII em In eminenti; o mais recente foi o Papa Leão XIII, em 1890, com Ab apostolici. O Código de Direito Canônico de 1917 afirmava que se tornar maçom implicava em excomunhão automática (cânone 1.399).
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27 de abril de 1859 – Jesuítas são banidos de Florença pela maçonaria - Instituto Humanitas Unisinos - IHU