Kasper faz um bis. ''Ou se faz como eu digo, ou nada de Sínodo''

Mais Lidos

  • Nova carta apostólica do Papa Leão é publicada

    LER MAIS
  • Esquerda vai às ruas no domingo (14) contra PL da Dosimetria, que beneficia golpistas do 8 de janeiro; veja lista de atos

    LER MAIS
  • Françoise Vergès está convencida de que quando a cultura está viva tem o poder de tecer solidariedades transfronteiriças. E é precisamente aí que o feminismo decolonial pode prosperar

    “A força da resistência está na imaginação”. Entrevista com Françoise Vergès

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

13 Março 2014

O cardeal Walter Kasper ficou muito irritado com a publicação no dia 1º de março, pelo jornal Il Foglio, da sua conferência ao consistório dos dias 20 e 21 de fevereiro em favor da comunhão aos divorciados em segunda união. Talvez porque o jornal dirigido por Giuliano Ferrara arruinou o "furo" que o cardeal já havia planejado com o placet do Papa Francisco, com a impressão da sua própria palestra na forma de um pequeno livro, pela editora Queriniana.

A nota é de Sandro Magister, publicada no blog Settimo Cielo, 11-03-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Mas, no dia 11 de março, foi o L'Osservatore Romano que antecipou, uma segunda vez, o lançamento do livreto, publicando quase integralmente outros dois textos inéditos do próprio Kasper, retomados da sua intervenção no consistório ao término da discussão.

Uma discussão muito animada, com inúmeros cardeais de primeira grandeza se pronunciando contra as teses defendidas por Kasper.

Em resposta às críticas, o teólogo e cardeal alemão chamou em defesa das suas teses a tradição da Igreja, o princípio oriental da oikonomia e o ocidental da epiqueia, o equiprobabilismo de Santo Afonso Maria de Ligório, a concepção da prudência em Tomás de Aquino, o "sensus fidei" do povo cristão valorizado por Newman.

E concluiu com um ultimato. Ou o Sínodo sobre a família produz uma mudança, ou nem se precisa convocá-lo:

"No que diz respeito à nossa questão, há grandes expectativas na Igreja. Sem dúvida, não podemos responder a todas as expectativas. Mas se apenas repetirmos as respostas que presumivelmente já foram dadas desde sempre, isso levaria a uma péssima desilusão. Como testemunhas da esperança, não podemos deixar-nos guiar por uma hermenêutica do medo. São necessárias hoje coragem e, sobretudo, franqueza (parrésia) bíblica. Se não queremos isso, então, ao invés, não devemos promover nenhum sínodo sobre o nosso tema, porque, nesse caso, a situação posterior seria pior do que a precedente".

O livro de Kasper de lançamento iminente, com a conferência introdutória no consistório dos dias 20 e 21 de fevereiro e os dois textos inéditos antecipados pelo L'Osservatore Romano, tem como título: O Evangelho da família, é publicado pela Queriniana da Bréscia, tem 78 páginas e custa nove euros.