10 de fevereiro de 1773. Moñino escreve o Breve de Supressão

Mais Lidos

  • Para a professora e pesquisadora, o momento dos festejos natalinos implicam a escolha radical pelo amor, o único caminho possível para o respeito e a fraternidade

    A nossa riqueza tem várias cores, várias rezas, vários mitos, várias danças. Entrevista especial Aglaé Fontes

    LER MAIS
  • Frente às sociedades tecnocientífcas mediadas por telas e símbolos importados do Norte Global, o chamado à ancestralidade e ao corpo presente

    O encontro do povo com o cosmo. O Natal sob o olhar das tradições populares. Entrevista especial com Lourdes Macena

    LER MAIS
  • Diante um mundo ferido, nasce Jesus para renovar o nosso compromisso com os excluídos. IHUCast especial de Natal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

14 Fevereiro 2014

Há 241 anos, o embaixador da Espanha em Roma, José Moñino, apresentou ao papa o Breve de Supressão dos jesuítas.

A nota foi publicada no sítio Jesuit Restoration 1814, 10-02-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A chegada de José Moñino em Roma em 1772 como o novo embaixador espanhol foi um mau sinal para os jesuítas e para o Papa Clemente. Foi um sinal claro de que os espanhóis estavam determinados a acelerar o ritmo e aumentar a pressão sobre o papa para suprimir a Companhia de Jesus. A tarefa principal de Moñino seria garantir que o Breve de Supressão fosse escrito e promulgado. Foi também um sinal de que os espanhóis estavam ficando cada vez mais impacientes com a enrolação do Papa Clemente.

Moñino era suave e estrategicamente astuto. Ele imediatamente construiu uma rede de aliados no campo antijesuíta em Roma. Ele concordou com o cardeal De Bernis que iriam coordenar suas negociações com o papa. Foi uma clássica estratégia de "policial bom versus policial mau", em que Moñino seguia com uma linha dura e cruel com o papa em suas audiências, insinuando que, se não se lidasse com os jesuítas, então todas as ordens religiosas estariam em perigo. Enquanto isso, De Bernis, com o ar suave de um confidente amigável e leal, gostava de lembrar regularmente o papa do assunto e falar em favor dos pedidos de Moñino.

Essa acabou sendo uma estratégia muito eficaz com resultados rápidos. O papa estava contando com a resistência de Viena, onde os jesuítas tinham uma forte defensora na imperatriz Maria Teresa. No entanto, essa resistência não veio, já que a imperatriz estava distraída com a tarefa de organizar o casamento real de sua filha Maria Antonieta com o delfim da França. Exposto e vulnerável, Clemente nomeou o cardeal Zelada para trabalhar com Moñino. O governo espanhol mostrou sua gratidão a Zelada, presenteando-o com uma grande quantidade de dinheiro e duas lucrativas propriedades eclesiásticas na Espanha. O Breve de Supressão foi elaborado e apresentado ao papa, no dia 10 de fevereiro, há 241 anos, apesar de que ainda levaria um tempo para que o papa o assinasse.