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Do antropocentrismo ao pachamacentrismo. Artigo de Alfredo Serrano Mancilla

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Por: Jonas | 31 Agosto 2013

“O neoecologismo erra se sua proposta política se ancora em conservar toda a natureza intacta, deixando de atender muitas injustiças acumuladas. Não há dúvida de que o objetivo é reduzir a dependência dos recursos naturais para acabar com o padrão de intercâmbio desigual próprio do neoextrativismo. Não obstante, ninguém também há de duvidar que, ao mesmo tempo, se requer políticas que se apropriem das mais-valias do uso responsável da natureza para redistribuir e saldar a dívida social do neoliberalismo”, escreve o economista Alfredo Serrano Mancilla, em artigo publicado no jornal Página/12, 30-08-2013. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

O neoliberalismo fez o impossível para se apoderar da propriedade privada dos significantes de muitos lugares comuns: democracia, desenvolvimento, paz. A – mal chamada – comunidade internacional não suporta perguntas incômodas que questionem a semiótica imperante. Democracia, qual? Desenvolvimento, para quem? Paz, frente ao quê? A ordem neoliberal conseguiu com êxito evitar responder estas interpelações. Seu monopólio linguístico continua sendo uma ferramenta ideal de dominação, de colonialismo, de conservação do injusto status quo.

Junto a esta lista gourmet da linguagem de agências internacionais se somou, e com força, uma nova: ecologia. A economia ambiental foi o tópico eleito pelos poderes fáticos para explicar a relação entre os seres humanos e o meio ambiente a serviço do neoliberalismo, a partir de um enfoque parcial, mecanicista, monetário e antropocêntrico. Do outro lado está a economia ecológica, que apresenta uma visão integral, com incerteza. Para este paradigma, o homem não pode ser o centro do mundo, mas a natureza também não. O que existe é uma coevolução sistêmica do ambiental, do social, do econômico.

Esta questão é exatamente a que parece ter sido esquecida por muitos dos acadêmicos centrados em escrever sobre a Pachamama e o bem viver. A mudança de época de boa parte da América Latina, e mais concretamente as novas constituições da Bolívia e Equador, atraiu a atenção de um novo ecologismo que não tem nada a ver com as bases da economia ecológica e muito menos com os princípios de tantas cosmovisões indígenas. Este neoecologismo se autoapresenta como a única voz autorizada para disputar contra o capitalismo os principais significados em relação ao meio ambiente e sua política. Passou-se do antropocentrismo para o pachamacentrismo de maneira quase frívola. Os processos de mudança não partem de condições ideais, mas de realidades caracterizadas por acumulações originárias muito injustas, com um elevado déficit social. O bem viver proposto no Equador dá uma grande importância à natureza, mas também à divisão da riqueza, distribuição justa da educação, saúde, moradia. Conciliar, então, esta dialética real, justiça ambiental com justiça social, é uma tarefa complicada da qual não se pode evitar inviabilizando-a.

Este neoecologismo emergente agora arremete sem piedade contra Correa. Por quê? A Revolução Cidadã se atreveu contracorrente a conceber a proposta Yasuni ITT: o país “se comprometia a manter indefinidamente debaixo da terra as reservas petroleiras do campo ITT no Parque Nacional Yasuni em troca de uma contribuição internacional equivalente a pelo menos metade dos rendimentos que o Estado receberia, caso fosse explorado o petróleo deste bloco na Amazônia”. Correa tentou isto, mas não conseguiu; tentou confiando equivocadamente que poderia convencer o mundo capitalista que deixar o petróleo debaixo da terra seria tão positivo como não emitir mais de 400 milhões de toneladas de CO2. Esta tentativa só conseguiu arrecadar 0,37% do previsto porque o mundo capitalista não quer nenhuma medida que implique a mínima solidariedade ecológica. Depois disso, Correa assumiu a difícil decisão de explorar o 1 por mil do Parque Yasuni. E isto provocou a ira contra o presidente de boa parte deste neoecologismo, inclusive com mais ferocidade do que se fosse um líder neoliberal. Faz-se uma crítica do tudo ou nada, de forma maniqueísta, onde só existem duas únicas opções: conserva-se a natureza ou, ao contrário, “não se quer à mãe terra”. Esta concepção ignora boa parte dos grandes problemas que a população equatoriana possui, que também possui o direito do bem viver. O neoecologismo erra se sua proposta política se ancora em conservar toda a natureza intacta, deixando de atender muitas injustiças acumuladas. Não há dúvida de que o objetivo é reduzir a dependência dos recursos naturais para acabar com o padrão de intercâmbio desigual próprio do neoextrativismo. Não obstante, ninguém também há de duvidar que, ao mesmo tempo, se requer políticas que se apropriem das mais-valias do uso responsável da natureza para redistribuir e saldar a dívida social do neoliberalismo, assim como de políticas industriais que evitem a perda de soberania, fruto da inserção dependente na economia do mundo. Como diria Linera, são as contradições criativas da revolução que resolverão virtuosamente a tensão entre povo e natureza, para que todos possam desfrutar o bem viver. Se a ecologia se ocupa disto compreensivamente, perfeito; caso contrário, fico com essas contradições próprias das políticas de mudança em favor das maiorias que, como no Equador, permitem reduzir a pobreza de 37 para 27% em seis anos, sendo o país da região que mais reduziu as desigualdades.


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