O maior degelo da história

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Por: Cesar Sanson | 20 Setembro 2012

Mais do que níveis alarmantes, o volume de gelo no Ártico nunca foi tão baixo na história humana. O maior nível de degelo, alcançado em 2012, foi apontado por dados preliminares do Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC). A extensão de gelo que reveste o Oceano Ártico durante o verão este ano equivale a 3,41 milhões de quilômetros quadrados, a menor de que se tem conhecimento. Desde 1979, ano em que se iniciaram as medições, ela foi reduzida em 45%.

A reportagem é do Greenpeace, 19-09-2012.

Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional, definiu o anúncio como um momento decisivo na história da humanidade: “Em pouco mais de 30 anos, alteramos a aparência do nosso planeta e em breve o Pólo Norte deve estar completamente sem gelo durante o verão”, afirma. A esperança é de que o dia de hoje seja lembrado como um dia de mudanças, em que a comunidade global decidiu se unir para lutar contra os efeitos das mudanças climáticas e contra a ganância das grandes corporações no Ártico.

A tripulação do navio Arctic Sunrise esteve na região para testemunhar a época do ano em que se encontram as menores quantidades de gelo no pólo. Como forma de apelar aos líderes mundiais para que tomem a decisão de proteger o Ártico, os tripulantes construíram um coração suspenso com as bandeiras dos 193 países-membros das Nações Unidas.

O Ártico é um ecossistema vital para a Terra e as ameaças que vem sofrendo são determinantes para o equilíbrio climático do nosso planeta. Sara Ayech, da Campanha de Clima e Energia, faz parte da tripulação que está na expedição no Ártico afirma que "assim como o coração bombeia sangue por nossas artérias, o Ártico é uma das bombas que fazem as correntes do oceano circularem ao redor do planeta".

O navio Arctic Sunrise foi a região para documentar o maior degelo da história, pesquisar o volume atual de gelo e montar uma imagem em 3D da região que será usada em estudos sobre as mudanças climáticas. “Estávamos assistindo o Sol nascer sobre os bancos de gelo, alguns finos e fracos, outros tão fundos que o oceano abaixo se coloria de um azul frio claríssimo, quando vimos pegadas na neve. Um solitário urso polar apareceu ao longe, parecia uma mancha creme contra o mar azul. Pareceu inimaginável que essa beleza de tirar o fôlego que víamos a nossa frente pudesse estar sendo ameaçada por um punhado de empresas que se importam mais com seus resultados trimestrais que com o futuro desta região maravilhosa”.

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