As mães do Concílio Vaticano II

Mais Lidos

  • Um degelo sino-americano glacial. Artigo de Francesco Sisci

    LER MAIS
  • Suécia paralisa seu plano de digitalização das escolas

    LER MAIS
  • O que junho de 2013 ainda ensina, 10 anos depois

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

14 Agosto 2012

A história dos concílios da Igreja foi sempre articulada e densa de surpresas, teológicas e humanas, mas infelizmente, também  políticas. Contudo uma certeza sempre guiou os trabalhos dos Padres conciliares e dos peritos: o Espírito sopra, anima mas também acalma as tempestades.

A análise é da irmã carmelita descalça Cristiana Dobner, tradutora e doutora em teologia, em artigo publicado no jornal L'Osservatore Romano, 03-08-2012.

Com o Vaticano II o sopro de novidade, na história da humanidade e da Igreja, foi realmente inédito: 23 mulheres estiveram presentes, convocadas no dia 8 de setembro de 1964 por Paulo VI como auditoras e, por isso mesmo, configuradas por um advérbio que lhes teria limitado as tarefas mas, talvez, aumentado a responsabilidade: "simbolicamente".

A ruptura com os séculos passados no entanto  cumpriu-se. Adriana Valerio (Madri del Concilio. Ventitré donne al Vaticano II, Roma, Carocci Editore, 2012, 165 páginas) apresenta as personalidades das 23 convocadas, com trajes e véus pretos, narrando as vicissitudes que serviram como corolário da sua presença silenciosa na sala mas também das suas intervenções reais e concretas.

Devemos um agradecimento profundo ao Papa que conseguiu romper a barreira secular, embora as tenha confinado a um papel modesto, porque a partir deste início, deliberadamente desejado, nasceu uma descendência numerosa e qualificada. A fenda abriu-se, o florescimento continua.

Os próprios Padres conciliares denominaram as mulheres presentes "mães", com muito humor; sem se dar conta da implicação profunda disto? Estas mulheres-mães marcam a aresta duas concepções da mulher: uma que a considera confinada às tarefas domésticas e de ajuda de baixo perfil e a outra que a considera na sua inteira potencialidade de inteligência e de atenção, compreendidas como entendeu a padroeira da Europa Edith Stein, como capacidade de escutar o outro e de o saber acolher.

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

As mães do Concílio Vaticano II - Instituto Humanitas Unisinos - IHU