Igreja venezuelana critica o sigilo sobre a doença de Chávez

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09 Julho 2012

A maior interrogação foi e continua sendo sobre a verdade sobre a doença do presidente da República.

A reportagem é da agência Efe, 08-07-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, Dom Diego Padrón, disse nesse domingo que a "verdade" sobre a doença do presidente Hugo Chávez, convalescente de um câncer, continua sendo a "maior interrogação" do país e que, na democracia, "o normal" seria conhecer a informação.

"A maior interrogação foi e continua sendo sobre a verdade da doença do presidente da república. O segredo como estratégia é um dos traços característicos da atitude do governo", disse Padrón em seu discurso inaugural da 98ª Assembleia Ordinária da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV).

Desde que foi operado em junho de 2011 de um tumor na zona pélvica, que o levou mais duas vezes à sala de cirurgia e pelo qual se submeteu a sessões de quimioterapia e de radioterapia, Chávez nunca revelou nem o tipo nem a extensão do câncer do qual sofre.

"Manteve-se um silêncio muito grande, e, em uma democracia, o normal é que as pessoas tenham um conhecimento certo da saúde do seu governante", criticou o prelado.

"Vemos tanto no Japão como na Inglaterra, como em qualquer país democrático, que, com liberdade, se fala das doenças dos seus governantes", afirmou.

O câncer não fez com que Chávez renunciasse à sua aspiração de lutar pela sua terceira reeleição consecutiva nas eleições do próximo dia 7 de outubro, nas quais irá competir com o candidato único da oposição, Henrique Capriles.

Dom Padrón se referiu justamente aos comícios presidenciais e apontou que a jornada eleitoral "não deve paralisar o país, nem fraturá-lo em duas partes, nem revolvê-lo na violência e na incerteza", mas sim permitir que "os adversários se abracem e se restabeleça a unidade".

Além disso, ele fez um apelo para que as eleições se realizem em um "clima de encontro entre adversários políticos, assumindo cada um os princípios e as normas, um tratamento justo e respeitoso, e um processo eleitoral equitativo e transparente".

"A aceitação dos resultados e de suas consequências pode ser uma ampla atividade educativa que promova e facilite o crescimento do povo na democracia e na política autêntica", acrescentou.

Ele também explicou que a CEV está "consciente" de que uma das suas tarefas prioritárias é "ser mediadora da reconciliação entre as partes opostas".

Cerca de 18,9 milhões de venezuelanos estão convocados para as urnas em outubro, quando elegerão ao presidente para o período de 2013 a 2019 entre um grupo de sete candidatos, que Chávez, que aspira perpetuar-se por 20 anos no poder, e Capriles lideram.