Ministro quer mudar termo "economia verde" para "economia verde inclusiva"

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12 Junho 2012

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, defendeu nesta segunda-feira que o conceito de "economia verde", em discussão nas negociações para a Rio+20, seja ampliado para "economia verde inclusiva". Segundo ele, essa concepção mais abrangente é "fundamental" para o Brasil.

A reportagem é de Denise Menchen e publicada por Folha Online, 11-06-2012.

"O Brasil não discorda desse conceito [de economia verde], mas defende uma economia verde inclusiva, que sirva como ferramenta para a implementação do desenvolvimento sustentável e que contemple as três dimensões da sustentabilidade: a econômica, a ambiental e a social", afirmou o ministro em discurso no Fórum sobre Ciência, Tecnologia e Inovação do Conselho Internacional de Ciências, evento paralelo da Rio+20 realizado na PUC-Rio.

Segundo ele, a "economia verde inclusiva deve promover" a geração de empregos, a inovação tecnológica, a ciência, a inclusão social, a proteção ambiental e a conservação dos recursos naturais, sem servir de pretexto para a imposição de barreiras comerciais -- como temem muitos países em desenvolvimento.

"Para nós é uma questão fundamental a questão da inclusão social e do crescimento. Nós só entendemos conservação ambiental dentro dessas ciscunstâncias, senão quem está em desvantagem somos nós", afirmou o ministro em entrevista, após discursar no evento.

Raupp também afirmou que o PIB é uma "medida inadequada" da atividade econômica sustentável. Ele defendeu que o indicador seja complementado por outros que forneçam informações sobre o "capital natural e humano" dos países.

O ministro defendeu ainda a criação de um programa internacional de pesquisa com foco em sustentabilidade com o apoio da ONU. Segundo ele, já há discussões em curso sobre o assunto.

AGROTÓXICOS

No encontro, Raupp também elogiou o papel de destaque que o Brasil ocupa na produção de alimentos, o que, segundo ele, contribui para a segurança alimentar mundial. Ao ser questionado por uma repórter sobre a liderança do país no consumo de agrotóxicos, porém, mostrou desconhecimento sobtre o assunto.

"Não sei quão verdade é isso que você está dizendo. Hoje nós estamos usando práticas que são sustentáveis, como o plantio direto, que é responsável por 70% da produção", disse. "Eu duvido que a gente esteja consumindo tanto agrotóxico como você está falando. A coisa mudou de uns anos para cá."

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Brasil assumiu em 2008 a liderança global no consumo de agrotóxicos, ultrapassando os Estados Unidos. De acordo com a agência, enquanto o mercado mundial desse tipo de produto cresceu 93% nos últimos dez anos, no país a expansão foi de 190%. Na última safra (2010/2011), o consumo de agrotóxicos no Brasil foi de cerca de um milhão de toneladas.