Último orientando de doutorado de Ratzinger já é bispo

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01 Outubro 2011

O Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, ordenará dois novos bispos no próximo sábado, dia 08 de outubro, na Praça São Pedro: secretário geral do Governatorado do Estado da Cidade do Vaticano, mons. Giuseppe Sciacca, e o secretário do Pontifício Conselho para a Cultura, Barthémely Adoukonou, sacerdote do Benin.

A reportagem é de Andrea Tornielli e está publicada no sítio Vatican Insider, 29-09-2011. A tradução é do Cepat.

Barthémely Adoukonou, 69 anos, era um dos alunos do então professor Joseph Ratzinger na Universidade de Regensburg. Ele tinha até junho de 1977 para defender a sua tese, mas Ratzinger, repentinamente, lhe pediu que acelerasse o seu trabalho, e agendou sua defesa para março daquele ano. Concedeu-lhe apenas alguns dias para que terminasse a tese. No dia da defesa, ao sair da sala, Barthémely Adoukonou deparou-se com um grande grupo de jornalistas. Evidentemente, ele não tinha se tornado uma celebridade, mas Ratzinger, porque justamente por aqueles dias (24 de março de 1977) tornou-se pública a sua nomeação como novo arcebispo de Munique.

Barthémely Adoukonou sempre permaneceu em contato com seu ex-professor, que, enquanto isso, continuava a sua carreira eclesiástica: primeiro arcebispo, um mês depois cardeal, depois Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e, finalmente (em 2005), Papa com o nome de Bento XVI.

No final de 2009, quando tiveram que nomear o novo secretário do Pontifício Conselho para a Cultura, seu presidente, o atual cardeal Gianfranco Ravasi, falou com o Papa e lhe propôs a possibilidade de que o "subdiretor" fosse um africano. Um sinal significativo na Cúria Romana, que corre o risco de se italianizar muito. Bento XVI reagiu imediatamente: "Eu tenho o candidato" e indicou o nome de Adoukonou a Ravasi. No dia 03 de dezembro de dois anos atrás, o sacerdote africano se converteu no novo secretário e agora será nomeado bispo.

Adoukonou participou regularmente das reuniões dos ex-alunos de Ratzinger, o "Schülerkreis", inclusive da última, que aconteceu em Castel Gandolfo, há um mês. Adoukonou teve que suar sangue para apresentar antecipadamente a sua tese, mas fez muito bem em se fiar naquele professor teólogo que depois seria cardeal e Papa.