Militantes pedem ajuda humanitária na Somália

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06 Julho 2011

O movimento islâmico somali Al-Shabab suspendeu ontem a proibição que impunha à atuação de agências de ajuda humanitária na Somália. O país, ao lado de Quênia e Etiópia, enfrenta a pior seca dos últimos 60 anos. Milhares de famílias vagam em busca de comida e água na região de fronteira entre os três países vizinhos. Centenas já morreram e as imagens de crianças subnutridas voltaram a ser comuns no Chifre da África.

A informação é do jornal O Estado de S. Paulo, 07-07-2011.



Apoio. Criança chega com avó a hospital em Wajir, no Quênia


A escassez de água está provocando a morte de animais e as agências humanitárias alertam para um desastre iminente. Segundo a ONU, todos os dias mais de mil somalis deixam suas casas em direção à fronteira com países vizinhos em busca de ajuda.

"Decidimos abrir as portas para todas as agências humanitárias - muçulmanas ou não - para a assistência aos somalis atingidos pela seca em nossas regiões", afirmou o porta-voz da Al-Shabab, o xeque Ali Mohamed Rage, em declarações publicadas pelo site da emissora somali Shabelle.

O grupo islâmico, considerado um dos mais perigosos do país e acusado de ter fortes ligações com a Al-Qaeda, disse esperar que as organizações não tenham "objetivos secretos". O movimento havia banido a atuação de entidades internacionais de ajuda na Somália em 2009, acusando-as de serem "anti-islâmicas". Além disso, a Al-Shabab temia que os grupos de ajuda humanitária pudessem infiltrar espiões no país.

À emissora britânica BBC, o coordenador de auxílio da ONU para a Somália, Mark Bowden, elogiou a atitude dos militantes islâmicos, mas quer garantias de segurança às equipes.

"Recebo de braços abertos todos os esforços para garantir que o povo da Somália tenha acesso à ajuda à qual tem direito", afirmou Bowden. Estima-se que 12 milhões de pessoas serão afetadas pela seca deste ano na região. Cerca de um quarto da população somali já deixou suas casas. Só em junho, 54 mil somalis abandonaram o país e 9 milhões de pessoas, segundo a ONU, estão em situação de "emergência humanitária".