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29 Março 2011

A ideia foi pessoalmente de Bento XVI. E também o nome: Átrio dos Gentios. "Ao diálogo com as religiões – disse ao dirigir a saudação de Natal à cúria romana, no dia 21 de dezembro de 2009 – deve se acrescentar hoje, sobretudo, o diálogo com aqueles para quem a religião é algo estranho, para aqueles que Deus é desconhecido".

A reportagem é de Sandro Magister e está publicada no sítio Chiesa, 29-03-2011. A tradução é do Cepat.

A ideia já andou. Depois de um prólogo no dia 12 de fevereiro em Bolonha, naquela que foi a primeira grande universidade da Europa, o Átrio dos Gentios realizou seu primeiro encontro nos dias 24 e 25 de março em Paris, na Ville Lumière, na cidade símbolo do Iluminismo moderno.

Esses "gentios" que em Jerusalém acediam ao Templo no espaço que estava reservado a eles, os não judeus, hoje são os afastados de Deus, os não-crentes.

Mas este não é um Átrio fechado, como já disse Paulo ao escrever aos cristãos de Éfeso, porque Cristo derrubou precisamente esse muro de separação que dividia judeus e gentios, "para criar em si mesmo, dos dois, um só homem novo, fazendo a paz, reconciliando a todos e os dois em um só corpo".

Era isso que se pretendia em Paris. Vozes crentes e agnósticas debateram amigavelmente. Em uma zona de fronteira, cada um com os pés colocados no próprio espaço, mas dispostos a escutar as razões do outro.

Também as sedes do encontro tiveram um significado simbólico. A UNESCO, o Instituto da França e a Sorbonne são lugares laicos por excelência, ao passo que o Colégio dos Bernardinos é um antigo cenáculo de cultura católica. E a catedral de Notre-Dame foi, ao mesmo tempo, uma coisa e outra: a praça da igreja para todos os homens de boa vontade e o interior da catedral para a oração dirigida pela Comunidade de Taizé, a portas abertas.