A práxis do Papa Francisco

Coluna “Rumo a Assis: na direção da Economia de Francisco”

07 Março 2022

 

Neste mês de março, a “Rumo a Assis: na direção da Economia de Francisco” conta com a contribuição do economista (USP) e assessor técnico do DIEESE, Thomaz Ferreira Jensen, sobre a práxis do Papa Francisco. Thomaz percorre as Encíclicas Laudato Si' e Fratelli Tutti e aponta que “Francisco não apenas faz a Igreja Católica avançar do ponto de vista da Doutrina Social, da elaboração teórica sobre os desafios da realidade. O Papa Francisco nos ajuda a mobilizar pessoas para criar uma força social que coloque em movimento as propostas para um mundo de irmãos e do bem-viver”. Ao “organizar a esperança”, parafraseando Frei Betto, o autor, esquadrinha a práxis do Papa Francisco e sua renovação no processo de ruptura das estruturas insuportáveis do sistema hegemônico. A economia que “mata” tem nome, como Thomaz afirma ao usar palavras do Papa Francisco, é concebida no capitalismo globalizado. Para isso, o papel da Economia de Francisco é fundamental no “realmar da economia”. O artigo ainda detalha diversos passos da nossa caminhada como Economia de Francisco e nos ajuda a vislumbrar os próximos trajetos.

 

Thomaz Ferreira Jensen é economista, graduado pela Faculdade de Economia da USP (Universidade de São Paulo). Trabalha como assessor técnico no DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). É membro dos conselhos da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos e da Associação Brasileira de Reforma Agrária.

 

Eis o artigo.

 

O pontificado profético de Francisco, desde maio de 2013, tem nos provocado a ir além em nosso compromisso com a Justiça e os Direitos Humanos. Papa Francisco já nos legou duas encíclicas que oferecem a toda Humanidade uma visão progressista e radicalmente evangélica sobre os grandes desafios que enfrentamos no nosso tempo: o cuidado com a vida, o ambiente e as migrações.

 

Na Laudato Si', de 2015, Francisco propõe uma abordagem ampla e profunda sobre o cuidado com o ambiente, a partir da vida em plenitude do ser humano. É uma visão socioambiental da questão emergencial que afeta a todos: o aquecimento global, o modelo de produção e consumo baseado no individualismo e no descarte. A visão do Papa Francisco está, inclusive, muito além do pouco resultado que vimos na recente COP-26, conferência da Organização das Nações Unidas sobre o clima, realizada em Glasgow, na Escócia.

 

Em sua mais recente encíclica, a Fratelli Tutti, de 2020, Francisco enfatiza que nós somos todos e todas irmãos e irmãs habitando esta mesma e única terra e que a convivência entre nós precisa ser fundada na fraternidade, na amizade, na alegria. Um mundo sem fronteiras, em que os povos se acolham mutuamente e em que não existam migrações forçadas pela guerra, pela catástrofe ambiental e pela fome.

 

Nesta encíclica, Francisco também incorporou ao magistério social da Igreja, como critérios básicos de justiça social, os chamados “3T’s”, que sintetizam sua ação pastoral: “é possível desejar um planeta que garanta terra, teto e trabalho para todos” (Fratelli Tutti, n. 127).

 

Mas Francisco não apenas faz a Igreja Católica avançar do ponto de vista da Doutrina Social, da elaboração teórica sobre os desafios da realidade. Papa Francisco nos ajuda a mobilizar pessoas para criar força social que coloque em movimento as propostas para um mundo de irmãos e do bem-viver. De forma profética, evangélica e talvez inédita na história da Igreja Católica, Francisco está “organizando a esperança”, na sábia formulação de Frei Betto, reunindo movimentos sociais, do campo e da cidade, especialmente das periferias do mundo.

 

Para isso, desde outubro 2014, o Papa promove encontros com representantes de movimentos sociais, sindicais e populares. Trata-se de promover a práxis, criando, ao mesmo tempo, uma formulação crítica sobre nova organização econômica necessária e uma força social mundializada, enraizada nas organizações populares, que elabore esta teoria e a sustente para superar o que temos hoje como modelo dominante.

 

Falando aos militantes presentes ao encontro de outubro de 2014, realizado no Vaticano, Papa Francisco disse, entre muitas palavras de esperança e de compromisso com a causa dos pobres: “Este encontro nosso responde a um anseio muito concreto, algo que qualquer pai, qualquer mãe quer para os seus filhos; um anseio que deveria estar ao alcance de todos, mas que hoje vemos com tristeza cada vez mais longe da maioria: terra, teto e trabalho. É estranho, mas, se eu falo disso para alguns, significa que o Papa é comunista. Não se entende que o amor pelos pobres está no centro do Evangelho. Terra, teto e trabalho – isso pelo qual vocês lutam – são direitos sagrados. Reivindicar isso não é nada raro, é a Doutrina Social da Igreja.”

 

Um dos organizadores do encontro, João Pedro Stédile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina, articulação mundial de movimentos de camponeses, contou em entrevista ao jornal italiano Il Fatto Quotidiano, que foram ao encontro do Papa “100 dirigentes populares de todo o mundo. A maioria não era católica. Em 2 mil anos, nenhum Papa jamais organizou uma reunião desse tipo com movimentos sociais”. Stédile informa que “do encontro com Francisco, nasceram duas iniciativas: formar um espaço de diálogo permanente com o Vaticano e, independentemente da Igreja, mas aproveitando a reunião de Roma, construir no futuro um espaço internacional dos movimentos do mundo, para combater o capital financeiro, os bancos, as grandes corporações transnacionais”.

 

Citando o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, Francisco lembrou que “a reforma agrária é, além de uma necessidade política, uma obrigação moral”. Disse ainda se preocupar com a erradicação de tantos camponeses que deixam suas terras, “não por guerras ou desastres naturais”, mas pela “apropriação de terras, o desmatamento, a apropriação da água, os agrotóxicos, que são alguns dos males que arrancam o homem da sua terra natal”.

 

No ano seguinte, em julho de 2015, em sua peregrinação pela América do Sul, Papa Francisco esteve no Equador, no Paraguai e, de forma especial, na Bolívia, etapa em que se reuniu pela segunda vez com 1.500 lideranças populares e sindicais de 400 organizações sociais de 40 países do mundo.

 

Este encontro na Bolívia é fruto do mencionado Encontro Mundial com os Movimentos Sociais, realizado em 2014, em que o Papa recebeu no Vaticano cerca de cem dirigentes sociais dos cinco continentes, que representaram organizações de base principalmente de três frentes de luta – trabalhadores precarizados, camponeses sem terra e pessoas que vivem em moradias precárias – mas também sindicalistas, ativistas de direitos humanos e de pastorais sociais.

 

Os três dias do encontro na Bolívia se basearam em discussões em torno dos eixos “Terra”, “Trabalho” e “Teto”. Esses eixos foram inspirados na exposição de Francisco no primeiro encontro, em que destacou que é preciso lutar para que não haja mais “nenhum camponês sem-terra, nenhum trabalhador sem trabalho digno e nenhuma família sem moradia digna”. Francisco fala a partir do ponto de vista dos excluídos.

 

Já no início de seu histórico discurso durante este encontro na Bolívia, afirmou Francisco: “Digamos sem medo: queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estruturas. Este sistema é insuportável: não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos… E nem sequer o suporta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia São Francisco”.

 

 

Disse Francisco sobre o sentido de “organizar a esperança” com os movimentos sociais: “Solidariedade também é lutar contra as causas estruturais da pobreza, a desigualdade, a falta de trabalho, de terra e de moradia, a negação dos direitos sociais e trabalhistas. A solidariedade, entendida em seu sentido mais profundo, é um modo de fazer história, e é isso que os movimentos populares fazem”.

 

Como bem frisou o sociólogo argentino Atílio Borón, “com suas palavras foi aberto, pela primeira vez em muito tempo, um espaço enorme para avançar na construção de um discurso anticapitalista arraigado nas massas, algo que até agora havia sido uma empreitada destinada a ser neutralizada pela ideologia dominante, que difundia a crença de que o capitalismo era a única forma sensata – e possível – de organização econômica e social. Já não é mais. O histórico discurso de Francisco na Bolívia instalou no imaginário público a ideia de que o capitalismo é um sistema desumano, injusto, predatório, que deve ser superado mediante uma mudança estrutural e, por isso, não há que temer a palavra ‘revolução’. O importante, o decisivo, é que graças às suas palavras estamos em melhores condições para vencer a batalha de ideias de forma a convencer todas as classes e camadas oprimidas, as principais vítimas do sistema, de que é preciso acabar com o capitalismo antes que esse infame sistema acabe com a humanidade e com o planeta”.

 

Para Alfredo Bosi, que foi professor titular de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo e membro da Academia Brasileira de Letras, falecido em 2021, “as expressões do Papa Francisco não deixam margem a dúvidas. Trata-se de uma condenação formal a todo tipo de economia centrada exclusivamente no lucro e não na pessoa humana. Essa economia ‘mata’ – é o verbo usado pelo Papa – e tem um nome conhecido. Chama-se capitalismo, hoje globalizado. O Papa não está, a rigor, inovando: apenas retoma a frase incisiva de Cristo: ‘Não se pode servir a dois senhores: ou servir a Deus ou servir às riquezas’ (Mateus 6, 24). (…) Sua doutrina social retoma os princípios básicos da Teologia da Libertação, que agora pode reviver sem receio de trancas institucionais. (…) Quanto à ênfase nos movimentos sociais e populares, evidente no discurso do Papa, significa uma saudável desconfiança em relação à grande maioria dos partidos políticos que se converteram em toda parte em entidades burocráticas voltadas, sobretudo, para se manterem no poder ou para alcançar o mesmo poder a todo e qualquer custo. Os movimentos sociais populares oxigenam a democracia e a tornam mais participativa”.

 

Fábio Konder Comparato, professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, é direto: “Francisco é um revolucionário”. “Francisco representa uma abertura extraordinária que antes só havia sido feita por João XXIII, quando convocou o Concílio e disse que a Igreja precisava se abrir para o mundo, pois estava fechada sobre si mesma”.

 

E Mino Carta, jornalista diretor de redação da revista Carta Capital, afirmou: “Papa Francisco é hoje em dia o único, grande estadista de dimensões mundiais, reformador determinado, corajoso, inspirado. (…) É ele quem se ergue contra o que define como a ‘ditadura sutil’ imposta à Humanidade pelo poder do dinheiro, para aprofundar vertiginosamente o abismo entre ricos e pobres”.

 

Em outubro de 2021, de forma virtual por conta da pandemia, Francisco se reuniu com centenas de lideranças sociais no quarto encontro mundial realizado com este propósito. E o centro da ação do Papa tem sido conclamar a todos de boa vontade a se unirem e atuarem por uma outra economia, uma organização da produção e do consumo que supere os limites do capitalismo.

 

Neste sentido, em maio de 2019, Papa Francisco fez um chamamento mundial dirigido muito especialmente à juventude, lançando a proposta de uma “Economia de Francisco”, em memória a São Francisco de Assis, como síntese radical do projeto de um mundo de irmãos e cuidado total com toda a criação.

 

No Brasil, este chamamento teve forte acolhida. Já em julho de 2019, ocorreu o primeiro encontro que reuniu pessoas interessadas em conhecer a proposta. Dali surgiria a Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara, como o coletivo de organizações brasileiras decidiu batizar esta ação em nosso país, acrescentando a memória de Santa Clara para reforçar a dimensão do feminino no cuidado com a criação e da igualdade de gênero que deve permear toda nova organização da produção.

 

Em dezembro de 2019 foi realizado o I Encontro Nacional pela Economia de Francisco e Clara, na PUC, em São Paulo, reunindo 300 participantes que se conheceram e partilharam experiências de uma outra economia que já acontece em todo o Brasil.

 

E agora, virtualmente devido à pandemia, mais um passo nesta caminhada foi dado. Aconteceu entre os dias 19 e 20 de novembro de 2021, o II Encontro Nacional da Economia de Francisco e Clara, dedicado à memória de Dandara e Zumbi.

 

O encontro reafirmou o compromisso em “realmar a Economia”, como nos pede o Papa, para que não continue servindo à morte, mas passe a servir à vida em abundância; que não seja centrada no bem de poucos, mas no Bem Comum; para que não destrua a Criação, mas que respeite e cuide de tudo aquilo que existe e vive; para que a economia seja tema de diálogos com o povo, por meio de processos formativos e participativos que democratizem de verdade a definição do orçamento público, por exemplo.

 

Como escrito na carta-compromisso do II Encontro Nacional, “reafirmamos que economia é corpo e território, e, desse modo, passa pela experiência de soberania e resistência dos povos, na luta contra o racismo, contra o patriarcado e contra toda política de extermínio que, por meio da economia, erguem, na cidade e no campo, segregação, dependência e morte”.

 

A abertura do encontro foi com a tocante Celebração das Luzes em Brumadinho, realizada pela Arquidiocese de Belo Horizonte em memória às vítimas dos crimes ambientais da Vale em Mariana e Brumadinho. Na primeira noite o encontro recebeu as palavras de incentivo e esperança da incansável Luiza Erundina, que segue na luta parlamentar pela Justiça Social e os Direitos Humanos na Câmara dos Deputados. As partilhas de experiências de economia humana reuniram ações de todas as regiões do Brasil, em diferentes territórios de ação: Rede Brasileira de Bancos Comunitários, Moedas Sociais, Cooperativismo, Agroecologia, Soberania Alimentar e convivência com os biomas.

 

Potencializar o território é o compromisso assumido para promover a Economia de Francisco e Clara no Brasil, direcionando esta construção para as periferias do país, na certeza de que a comunidade apresenta respostas à crise civilizatória que atravessamos. Atendem assim ao alerta do Papa Francisco quando afirma: “Não deixemos que nos roubem a comunidade!”.

 

O II Encontro Nacional da Economia de Francisco e Clara culminou com uma Celebração Ecumênica do Esperançar com a Pastora Romi Bencke, do CONIC, com Padre Júlio Lancelotti, com Zenilda Xucuru, Iá Adriana e Dora Incontri. Ao final, foi lida a carta-compromisso que reafirma a esperança de não deixarmos cair a profecia e apostar tudo na organização popular.

 

Este II Encontro no Brasil insere-se plenamente na trajetória deste pontificado que tem no chamamento da Economia de Francisco a síntese de sua práxis. Como vimos, nestes poucos anos como líder da Igreja Católica, Papa Francisco ofereceu ao mundo encíclicas que já estão entre as grandes referências do pensamento social cristão, ousando na leitura dos desafios contemporâneos e propondo avanços no debate e, especialmente, na ação diante de temas como a desigualdade social e a crise ambientalLaudato Si' sobre o cuidado da casa comum, numa perspectiva socio ambiental inovadora, e Fratelli Tutti sobre a necessidade da fraternidade universal entre os povos em tempos de fronteiras que se fecham aos imigrantes e de diálogos que se interrompem pela intolerância.

 

E Francisco vai além, ao realizar encontros mundiais com os movimentos sociais, populares e sindicais e propor ações concretas por uma nova economia global. Diante da constatação de que há a necessidade urgente de reorientar o sistema econômico mundial, tratando de reconstruir as comunidades humanas e suas instituições sociais a partir da dignidade de todo ser humano, Papa Francisco fez um chamamento especialmente aos jovens economistas e aos trabalhadores que já vivem uma outra economia em cooperativas, empresas autogeridas: a Economia de Francisco, em que os valores primordiais são aqueles que garantem a vida humana e sua reprodução e por isso a economia, como meio e não como fim, precisa estar a serviço da satisfação das necessidades básicas de todos. Isto é subvertido pelo capitalismo e é essencial eliminar a lógica que dá primazia à produção do que é supérfluo, destinado a ser consumido pelas elites ricas.

 

Importante registrar que estamos imersos em mais uma grande inovação proposta por Francisco: o inédito e global convite à escuta democrática intitulado “Para uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”, com o objetivo de dar voz a 1,3 bilhão de católicos sobre o futuro da Igreja e temas polêmicos hoje dentro da instituição. Esse processo, que teve início com os fiéis da base, paroquianos e militantes de movimentos pastorais, seguirá até outubro de 2023, quando está previsto para acontecer em Roma o Sínodo dos Bispos que resumirá as opiniões colhidas em um documento a ser sancionado e divulgado pelo Papa.

 

O enraizamento da Economia de Francisco e Clara no Brasil é a missão proposta para este desafiador ano de 2022. Os participantes do II Encontro Nacional concordaram que o caminho é o do “esperançar” que tanto recordamos em 2021, ano do centenário do educador popular pernambucano Paulo Freire. Trata-se de vivenciar a educação popular e ecológica, anunciando um método radicalmente democrático de viver os novos tempos, capaz de criar coesão dos sonhos coletivos para alcançar realidades possíveis de cooperação, solidariedade e de irmandade latino-americana e mundial.

 

Papa Francisco, falando aos movimentos sociais, na Bolívia, em 2015, disse algo que parece diretamente endereçado ao II Encontro Nacional da Economia de Francisco e Clara: “Este encontro nosso não responde a uma ideologia. Vocês não trabalham com ideias, trabalham com realidades como as que eu mencionei e muitas outras que me contaram… têm os pés no barro, e as mãos, na carne. Têm cheiro de bairro, de povo, de luta! Queremos que se ouça a sua voz, que, em geral, se escuta pouco. Talvez porque incomoda, talvez porque o seu grito incomoda, talvez porque se tem medo da mudança que vocês reivindicam, mas, sem a sua presença, sem ir realmente às periferias, as boas propostas e projetos que frequentemente ouvimos nas conferências internacionais ficam no reino da ideia”.

 

E disse também, num conselho que nos deve inspirar muito neste ano eleitoral no Brasil: “Não é possível abordar o escândalo da pobreza promovendo estratégias de contenção que unicamente tranquilizem e convertam os pobres em seres domesticados e inofensivos. Como é triste ver quando, por trás de supostas obras altruístas, se reduz o outro à passividade, se nega ele ou, pior, se escondem negócios e ambições pessoais: Jesus lhes chamaria de hipócritas. Como é lindo, ao contrário, quando vemos em movimento os Povos, sobretudo os seus membros mais pobres e os jovens. Então, sim, se sente o vento da promessa que aviva a esperança de um mundo melhor. Que esse vento se transforme em vendaval de esperança. Esse é o meu desejo”.

 

Papa Francisco já deixou uma marca profunda na História de lutas e de organização popular mundial. E o fez em sintonia profunda com seu tempo – especialmente com os jovens de seu tempo. Nisto consiste, talvez, sua grande lição. Longa vida ao Papa Francisco e sua Igreja pobre para os pobres! Felizes aqueles que vivem estes tempos de esperançar – e se colocam ao lado dos que lutam pela libertação, em todo o planeta!

 

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