O Papa no Fórum das Mulheres: Mulheres indispensáveis para um mundo inclusivo, mas no Vaticano permanecem à margem

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20 Outubro 2021

 

"O nosso mundo precisa da parceria das mulheres, da sua liderança e das suas capacidades, assim como da sua intuição e dedicação". O Papa, em mensagem confiada ao Cardeal Pietro Parolin e dirigida ao Fórum das Mulheres pela Economia e Sociedade, por ocasião do encontro, reitera a necessidade de aumentar a presença das mulheres em todos os níveis da sociedade e nas organizações. É uma pena que no Vaticano - onde permanece uma forte marca masculina - as mulheres ainda não tenham sido colocadas no topo dos órgãos da Cúria e nem mesmo possam votar nos sínodos, apesar das lutas que o mundo feminino católico vem travando há décadas. Até mesmo no sínodo sobre a sinodalidade que acaba de começar, as (poucas) mulheres que participarão como observadoras não terão direito a voto. Quem o terá é Nathalie Becquart, subsecretária e, consequentemente, membro permanente da assembleia sinodal.

A reportagem é de Franca Giansoldati, publicada por Il Messaggero, 19-10-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Na mensagem confiada a Parolin, o Papa insiste na "contribuição insubstituível das mulheres para a construção de um mundo que é uma casa para todos", reconhecendo sua capacidade de lutar "contra a lógica desestabilizadora" do lucro imediato.

Francisco enfatiza mais a necessidade de garantir às mulheres educação em todas as latitudes. “Todas as garotas e jovens, em todos os países, devem poder ter acesso a uma educação de qualidade, para que cada uma delas possa prosperar, expandir o seu potencial e talentos e se dedicar ao desenvolvimento e promoção de sociedades coesas”.

“Este Fórum das Mulheres G20 Itália é muito bem-vindo, sobretudo porque o nosso mundo precisa da colaboração das mulheres, da sua liderança e das suas capacidades, bem como da sua intuição e da sua dedicação”, consta no texto que, aliás, não faz nenhuma referência ao grande tema da violência. Argumento supersensível, visto que a Santa Sé se recusa categoricamente a assinar a Convenção do Conselho da Europa sobre a Prevenção e Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica, também conhecida como a Convenção de Istambul, um tratado revolucionário que fornece um roteiro claro de como os Estados podem trabalhar para um país livre da violência de gênero.

Parolin recordou a seguir o magistério de São João Paulo II que, já em 1995, na Mulieris Dignitatem, escrevia: “Os graves problemas atuais verão cada vez mais as mulheres envolvidas na política do futuro” e isto “nos obrigará a reformular os sistemas favorecendo os processos de humanização que delineiam a civilização do amor”.

A mensagem termina com uma passagem em que se valoriza o gênio feminino: “as mulheres são concretas e sabem tecer pacientemente os fios da vida”. Isso poderia favorecer "uma mudança de paradigma não tecnocrático e guiado por um renovado senso de humanidade". Quem sabe se também no Vaticano.

 

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