Trump e o voto religioso

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09 Setembro 2021

 

"O Partido Democrata, que parece perder não só os contatos com os grupos religiosos, mas também qualquer sensibilidade política sobre o assunto, deveria ter muito cuidado para não entregar toda a questão política da religião e das comunidades religiosas nas mãos de Trump e do partido liberal", escreve Marcello Neri, teólogo e padre italiano, professor da Universidade de Flensburg, na Alemanha, em artigo publicado por Settimana News, 08-09-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump promoveu a criação de um National faith advisory board, como parte integrante da organização que devera preparar a sua candidatura para as próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos, através das quais procura restabelecer e estreitar a relação entre a sua campanha política e as várias comunidades religiosas (cristãs e judaicas) do país.

Um vínculo que já resultou vencedor tanto nas eleições que levaram Trump à presidência quanto nos quatro anos de sua administração. A criação do Board indica, no entanto, que algo não saiu como deveria e como Trump esperava. Em particular, no que diz respeito às comunidades judaicas das quais teria esperado um maior apoio de votos nas últimas eleições - no evento de lançamento do Board, Trump lembrou o quanto sua administração fez por Israel e pela comunidade judaica estadunidense (em particular, a transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém). De acordo com várias pesquisas estatísticas, nas últimas eleições apenas algo entre 21% e 30% do voto judeu foi para o ex-presidente.

Além disso, Trump não escondeu uma certa frustração e surpresa com a diminuição do apoio recebido pelo voto católico - ainda que a diminuição em relação às eleições de 2016, no geral, tenha sido apenas de menos 2%. Muito mais marcado é o do setor entre os eleitores/eleitoras católicos brancos: aqui teria passado de 64% em 2016 para 57% em 2020 (no que diz respeito aos estados do chamado Rust Belt, que foram decisivos para sancionar a vitória de Biden).

Trump declarou a intenção de intensificar o diálogo, contato e lobby com a reserva eleitoral católica. A recente decisão do Tribunal Constitucional dos Estados Unidos de não interferir com uma lei do Texas que restringe o acesso ao aborto, foi apresentada por Trump como uma consequência direta de suas políticas administrativas favoráveis às comunidades religiosas cristãs e judaicas do país. Igualmente explícita foi a equiparação da nomeação de juízes de viés conservador do Tribunal Constitucional como imediatamente consonante à boa política religiosa e aos interesses das comunidades religiosas do país.

O Partido Democrata, que como aparelho parece perder não só os contatos com os grupos religiosos, mas também qualquer sensibilidade política sobre o assunto, deveria ter muito cuidado para não entregar toda a questão política da religião e das comunidades religiosas nas mãos de Trump e do partido liberal.

 

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