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Deus presente no olhar dos migrantes

Foto: Marcelo Camargo | Ag Brasil

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06 Agosto 2021

 

"Algumas famílias de indígenas Warao, arredores de Boa Vista-RR. No olhar dos adolescentes e jovens, Deus reflete certa ambiguidade, explícita ou latente. Sonham com um mundo novo, mas arrastam os pés no velho mundo da pobreza e do abandono", escreve Pe. Alfredo J. Gonçalves, cs, vice-presidente do Serviço Pastoral dos Migrantes - SPM/São Paulo.

 

Eis o artigo.

 

Pacaraima-RR, fronteira com a Venezuela, final de julho de 2021. A fila dos imigrantes que fogem daquele país estende-se pela rua, serpenteando por vários quarteirões. São milhares de almas e corpos cansados e abatidos. No olhar dos homens adultos e idosos, Deus expressa a um só tempo fracasso, compaixão e impotência. Sonhos partidos, ilusões e desespero se mesclam e se confundem. Olhar turvo pelo peso das feridas e cicatrizes da longa e árdua marcha. Enquanto as mãos se estendem para a marmita, os ombros se vergam pelas adversidades do caminho, os olhos encontram-se pregados ao chão!... Vê-se logo que o pão da caridade pública, embora mais urgente e necessário do que nunca, vem banhado pelas lágrimas da vergonha. Poucos ousam levantar a cabeça para receber o alimento. Somente o pão conquistado com o suor do rosto, fruto do trabalho justo e justamente remunerado, confere dignidade à pessoa humana. Os rostos desfigurados pela travessia seguem desfilando lenta e pesadamente!...

Algumas famílias de indígenas Warao, arredores de Boa Vista-RR. No olhar dos adolescentes e jovens, Deus reflete certa ambiguidade, explícita ou latente. Sonham com um mundo novo, mas arrastam os pés no velho mundo da pobreza e do abandono. A cidade e o mercado os chamam com seus apelos estridentes e atrativos profusamente iluminados. A realidade, porém, expõe uma carência crônica e secular, herdada de geração em geração. Jovens e adolescentes anseiam por uma outra existência, mas nenhum caminho e nenhuma porta conduz a esse horizonte. Daí a perplexidade e a incerteza em seu semblante apagado. Rostos de olhos vagos e vazios, oblíquos e desconfiados. A vida parece ter-lhes armado uma grande trapaça. É como se tivesse esfriado o sangue juvenil em suas veias e o entusiasmo primaveril em seu coração. Onde e como acender a chamada de tanto vigor e de tanta energia represada?!...

Através do olhar das crianças Warao, Deus nos devolve dúvidas e de interrogações sem fim. O que fizeram vocês conosco? Que espécie de mundo nos estão deixando? É essa a herança que nos cabe? “Caim, que fizeste com teu irmão Abel”? Por que, logo ao nascer, tanta inocência tropeça com tanta astúcia? Por que a guerra e a morte, o mal e a violência, a miséria e a fome? Por que nos trazem ao mundo neste contexto de tamanha crise e insegurança? Simultaneamente, porém, Deus irrompe no olhar dos inocentes para questionar tiranos e tiranias. Para interpelar a inércia e o comodismo dos braços cruzados e para abrir veredas novas nesse terreno deserto e infértil da história. Os olhos do menino que nasce na gruta de Belém, ao mesmo tempo que nos inquietam e instigam, reanimam a esperança de um tecido social necrosado pela indiferença e pelo individualismo egocêntrico. O sopro do Espírito divino sopra sobre as brasas de um fogo extinto, reacendendo a chama da vida. Como disse o sábio, “cada criança que vem ao mundo constitui um sinal de que o Criador ainda confia nos seres humanos”.

De volta a Pacaraima, no olhar de algumas mulheres voluntárias, Deus oferece aos migrantes e refugiados o serviço gratuito da solidariedade. Elas representam, de alguma forma, o coração materno da divindade, o qual, ama a todos e todas, mas dedica um cuidado especial aos mais pobres e vulneráveis. São poucas essas bravas mulheres: apenas quatro na casa de acolhida e abrigo; um punhado em toda cidade e a área fronteiriça! Mas resolveram assumir o comando da nave no exato momento em que a embarcação começava a afundar. Os homens, em sua grande maioria, perderam o prumo e o rumo. Não conseguem dar-se conta da tragédia e do que fazer. Parecem ter perdido o leme, a bússola e a âncora; tampouco contam com o farol e a direção de um porto seguro. Em meio à tempestade, são elas, as mulheres, que tomam nas mãos as rédeas do cotidiano e do destino, a exemplo da “mãe”, personagem de John Steinbeck n’As vinhas da Ira. Gesto a gesto, passo a passo, com paciência e ternura, tecem os fios descosidos de tantas histórias quebradas. Juntam os cacos de inúmeras vidas fragmentadas e, por trás da máscara, sorriem com o olhar, enquanto distribuem carinho e cuidado aos náufragos da tormenta.

 

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