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03 Abril 2020

"Embora alguns clérigos tenham sucumbido a um romantismo sacramental perturbador, a maioria de nossos líderes pastorais adotou sabiamente restrições draconianas ao culto público, integrando uma consciência sacramental católica com um compromisso igualmente católico com o bem comum", escreve Richard Gaillardetz, professor de Teologia Sistemática na Boston College e ex-presidente da Sociedade de Teologia Católica dos Estados Unidos, em artigo publicado por National Catholic Reporter, 02-04-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

 

Crises globais, como a que estamos encarando, podem tanto levar a mudanças sísmicas, quanto, frequentemente, à nada, elas simplesmente clareiam os desafios e possibilidades. Certamente, o cancelamento generalizado de atividades religiosas públicas teve um impacto palpável na vida da igreja. Quando a pandemia tiver passado, talvez muitos católicos simplesmente não voltem, mas tenho minhas dúvidas.

No último domingo, minha esposa e eu participamos remotamente da missa da nossa paróquia, transmitida ao vivo. Nós agradecemos pela oportunidade e animamos muitos paroquianos para aderirem à comunidade virtual. Nosso pastor e a equipe pastoral foram elogiados pelos esforços criativos para alcançar os paroquianos nas mais diversas formas. No entanto, não acho que estivéssemos sozinhos ao perceber as oportunidades e os limites da comunidade virtual. Ousamos esperar que este jejum da mesa eucarística, alimentado pelas exigências do momento, possa, em nosso retorno, reavivar uma consciência eucarística elevada?

Essa pandemia destacou a importância de certas características da prática cristã. O papa Francisco exemplificou a liderança pastoral que nós precisamos como uma espécie de convite à “solidariedade no lugar em que estamos”, encorajando-nos a estar com nossos amigos e família pela internet ou telefone, ou entregar mantimentos a quem necessita. Sua adorável benção Urbi et Orbi na sexta-feira, 27-03, ofereceu o consolo e a coragem que nós precisamos. E, embora alguns clérigos tenham sucumbido a um romantismo sacramental perturbador, a maioria de nossos líderes pastorais adotou sabiamente restrições draconianas ao culto público, integrando uma consciência sacramental católica com um compromisso igualmente católico com o bem comum.

Essa pandemia sem dúvida terá um efeito duradouro na igreja, mas vale lembrar a observação de Timothy Radcliffe de que, para o catolicismo, a crise é la spécialite de la maison, “a especialidade da casa”.

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