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14 Novembro 2019

"A tese fundamental é que os sentidos guardam dentro de si uma carga espiritual e estética "analógica", que leva ao vértice supremo divino, no qual todas as experiências atingem seu auge e, assim, permitem a íntima comunhão da pessoa humana com Deus".

O comentário é de Gianfranco Ravasi, cardeal italiano e prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 10-11-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Os gestos de Jesus. Um ensaio entrelaça exegese, teologia, psicologia, linguística, literatura e espiritualidade sobre um tema peculiar: o Cristo evangélico que toca e se deixa tocar. Existe no evangelho de Marcos uma página que marca de maneira inequívoca a originalidade de Jesus e sua descontinuidade em relação ao terreno do judaísmo no qual também pousam seus pés (1,40-45). É o episódio do encontro com um doente particular, o leproso, uma doença não apenas com implicações clínicas (era considerada extremamente infecciosa), mas também ético-religiosas. De fato, para a chamada "teoria da retribuição", segundo a qual a cada mal causado corresponde uma punição, essa síndrome também era sintoma de uma culpa vergonhosa secreta que tornava o doente um "excomungado". Por isso, ele era relegado às periferias degradadas, abrigado em cavernas, segregado entre os lixões, como no caso de Jó, aflito de "praga maligna".

O livro bíblico de normas sacrais, o Levítico, não hesitava: "as vestes do leproso serão rasgadas, e a sua cabeça será descoberta, e cobrirá o lábio superior, e clamará: Imundo, imundo!" (13.45-46). Era, portanto, socialmente um cadáver ambulante, esquivado com horror pelos saudáveis, com medo de serem infectados não apenas fisicamente, mas também moral e sacramente. Aqui está, porém, a escandalosa escolha de Cristo: "Comovido profundamente, ele estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Eu quero, seja purificado!" Esse gesto, em nome da compaixão, viola as normas sócio-rituais e aquela mão que toca, quase para assumir sobre si o mal, torna-se um sinal provocador e libertador. Como é sabido, Mauriac, no romance homônimo de 1922, introduziria a variante do beijo do leproso. Reconstruímos toda essa cena para nos reportar a um belo ensaio da escritora e exegeta francesa Marie-Laure Veyron, que se intitula precisamente com esta frase evangélica Estendeu a mão e o tocou e que, no horizonte mais amplo da corporalidade, entendida de uma maneira muito mais "simbólica", ou seja, plena, do que acontecia na cultura grega e até na contemporânea, mira o foco sobre esse verbo, o "tocar". Aliás, o grego háptomaí aparece 39 vezes no Novo Testamento, enquanto chéir, a "mão" 177 vezes. O tato, um sentido primordial que revela proximidade e reciprocidade, é, portanto, submetido pela estudiosa a uma sugestiva análise semântica com a contribuição da psicanálise para mostrar todas as suas variações. Existe efetivamente, nos Evangelhos, um tocar taumatúrgico para curar ou abençoar, há o contato compassivo e terno, há o apoio da palavra que enriquece e dissolve os significados do gesto, há o reflexo tátil do desejo, mas também há o famoso Noli me tangere dirigido pelo Ressuscitado à Madalena. Basicamente, Veyron ordena essas iridescências temáticas em uma trilogia evangélica desenvolvida de acordo com um desenho narrativo e coerente. Parte-se do tocar que cura e se expressa de diferentes formas: basta pensar na hemorrágica que agarra a orla do manto de Jesus que, pouco depois, segura a mão da filha, aparentemente morta, de Jairo (Marcos 5, 21-43). Em seguida, prossegue-se em direção ao contato físico como sinal do amor de Cristo: é o que acontece com o filho morto da viúva de Naim (Lucas 7: 11-17). E termina com a ternura da prostituta que beija, entre lágrimas, os pés de Jesus, provocado a reação escandalizada do fariseu Simão: "Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora! "(Lucas 7,36-50).

Estas são apenas algumas pinceladas sobre um ensaio realmente atraente que sabe entrelaçar olhares diferentes (exegéticos, teológicos, psicológicos, linguísticos, literários, semânticos, hermenêuticos, espirituais), a fim de mostrar todas as nuances e dimensões de um ato espontâneo e criativo, representadas de forma exemplar precisamente por um Jesus que toca e se deixa tocar. E desde que abordamos esse microcosmo que é nosso corpo, podemos combinar o texto de Veyron com uma verdadeira joia da literatura mística occitana, uma obra quase desconhecida inclusive para os estudiosos, A escala do amor divino, que chegou até nós em um único documento, o manuscrito Egerton 945 da British Library. Quem o disponibiliza para nós em uma tradução acompanhada de uma imponente introdução é um dos nossos maiores estudiosos da literatura teológico-alegórica medieval, Francesco Zambon, coadjuvado no comentário e nas notas do texto por outra professora qualificada de Trento, Claudia Di Fonzo. O autor desconhecido, com uma marca espiritual franciscana, eleva nessas poucas páginas uma escada ascendente que leva ao Palácio do Amor, onde é celebrado o abraço entre criatura e Criador. Combinamos esse texto com o estudo anterior sobre o "toque” cristológico porque a escala mística em questão - um símbolo, aliás, clássico na tradição teológica tanto oriental como latina - consiste de cinco degraus que correspondem aos cinco sentidos corporais. Também nesse caso, trata-se uma constelação tradicional que, partindo da Bíblia, se ramifica nos Padres da Igreja, de Agostinho até a Idade Média. A sequência da Escada em questão é articulada de acordo com uma ordem gradual modulada em um horizonte cósmico (o ato criativo é surpreendentemente traçado como uma "balada" realizada por Deus com suas criaturas).

De fato, temos a convicção de que os quatro elementos (terra, água, ar, fogo) tenham em si "doçura, suavidade, perfume, melodia de canto, beleza e candor". Sobre esse palimpsesto, desenvolve-se o pentagrama dos sentidos: a doçura é percebida pelo paladar, a suavidade pelo tato, o perfume pelo olfato, a melodia pela audição e, finalmente, a beleza pela visão. A tese fundamental é que os sentidos guardam dentro de si uma carga espiritual e estética "analógica", que leva ao vértice supremo divino, no qual todas as experiências atingem seu auge e, assim, permitem a íntima comunhão da pessoa humana com Deus. Como Zambon escreve no livro, na esteira do Cântico do Frei Sol de São Francisco, "o tema central é o do amor de Deus através de suas criaturas e da progressiva aproximação a ele que pode ser alcançada graças ao uso correto dos cinco sentidos, arranjados numa escada ascendente que vai do mais baixo, do paladar ao mais alto, a visão". Mais uma vez, temos a desmistificação do estereótipo, segundo o qual a mística seria uma experiência etérea que faz decolar da terra e da corporalidade rumo aos céus míticos e espíritos puros. E é também a reafirmação de um cristianismo que tem seu nó fundamental na "encarnação" pela qual o Logos divino e eterno, como é proclamado no famoso prólogo do Evangelho de João, sarx eghéneto, " tornou-se carne" (1,14).

Marie-Laure Veyron, Tese la mano e lo toccò, Qiqajon Bose (BI), p. 214, 22 €

Francesco Zambon e Claudia, Di Fonzo (org.) Paoline, Milão, p. 154, € 26

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