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31 Outubro 2019

Em meio a oceano de desemprego, mídia comemora 2,4 milhões de vagas geradas em 2018. Oculta a precarização da vida: remuneração menor que um salário mínimo, massa de subocupados e aperto para sobreviver até fim de mês.

A crônica é de Arthur Araújo, publicada por Outras Palavras, 30-10-2019.

Eis a crônica.

Entre os segundos trimestres de 2018 e 2019 foram criadas 2,4 milhões de vagas de empregos no Brasil.

Fato.

Dos empregados nessas vagas, 37,2% trabalham menos do que gostariam e do que precisam para sobreviver com um mínimo de dignidade (os denominados “subocupados”).

Outro fato.

O Brasil está reduzindo o desemprego e, com isso, melhorando de fato a vida das pessoas.

Ilusão.

O rendimento médio dos subocupados foi de R$ 826, menos do que um salário mínimo e menos da metade da renda média dos trabalhadores em geral (R$ 2.290).

Dos subocupados, 66% são pretos ou pardos e 54% são mulheres.

Como conta Jaqueline Gomes, 37 anos, mãe de 2 filhos, moradora de Osasco, na Grande São Paulo, diarista, “eu conseguia tirar R$ 2500 por mês [trabalhando todos os dias], hoje consigo fazer R$ 1200, R$ 1300, chorando. E nisso vão R$ 400 só de passagem.”

“Quem trabalha menos do que poderia [e precisa e quer] gera uma renda menor, contribuindo para uma redução do consumo e isso se reflete diretamente sobre a economia local”, diz João Saboia, professor da UFRJ.

Todas as verdades acima constam de reportagem do Valor.

As ilusões são a essência do hipnótico discurso cotidiano de Homer Cado e de seus empregados bem pagos e hiperocupados no governo, no “jornalismo” e entre “especialistas”.

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