China. Os campos de detenção dos uigures são institutos de formação, justifica ministro malaio

Mais Lidos

  • Papa Francisco em Marselha: no meio de uma crise migratória, uma visita muito política

    LER MAIS
  • Da escola neoliberal à educação democrática. O papel da filosofia na revolução democrática da educação. Artigo de Christian Laval

    LER MAIS
  • Mudança climática tornou tempestade mortal na Líbia 50 vezes mais provável

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

03 Julho 2019

Chuva de críticas pela legenda de uma foto publicada na internet: Mujahid Yusof Rawa se "alinhou" com a versão oficial de Pequim. Em Xinjiang, cerca de 1 milhão de uigures e outros muçulmanos turcos estão detidos. Para Pequim, os "centros de formação profissional" são vitais na luta contra o separatismo e o radicalismo.

A informação foi publicada por AsiaNews, 02-07-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

O Ministro dos Assuntos Religiosos da Malásia acabou sob o fogo das críticas em sua própria casa porque, durante uma visita à China, descreveu como "instituto de formação profissional" um campo de detenção onde são mantidos membros na minoria uigur.

Na semana passada, durante uma viagem de sete dias, Mujahid Yusof Rawa publicou uma imagem em sua página no Facebook que retrata pessoas sentadas em bancos de uma sala de aula. A descrição que acompanha a fotografia, publicada em 26 de junho, cita uma "visita a um instituto de formação profissional" para a comunidade étnica uigur na região de Xinjiang.

Segundo estimativas de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), as autoridades chinesas detêm cerca de 1 milhão de uigures e pessoas pertencentes a minorias muçulmanas turcas de religião islâmica. Pequim se defende afirmando que os campos de detenção são na realidade estruturas para afastar as pessoas do extremismo; os descreve como "centros de formação profissional", vitais na luta contra o sentimento separatista e o extremismo religioso.

P. Ramasamy, um político da coalizão governante na Malásia, afirma estar "desapontado pelo fato que Mujahid tenha seguido a linha oficial chinesa". "Não há nada de errado na busca de investimentos da China ou de outros países. Mas há uma linha que deve ser demarcada quando se trata de direitos humanos", declara no site de notícias Malaysiakini.

Mujahid se defende, ressaltando que sua visita "envolveu outros aspectos". Estes, declara, incluem "a criação de uma rede de cooperação global entre a Malásia e a China, para trocar opiniões e informações sobre questões como a paz e a religião".

A Malásia está entre os países islâmicos da Ásia que condenaram com maior força as políticas de Pequim contra os uigures. Dolkun Isa, presidente do Congresso Mundial Uigur, declarou nos primeiros dias de junho: "Muitos países muçulmanos continuam em silêncio" sobre a perseguição aos uigures, aliás, eles "apoiam a repressão" em relação a eles: "é uma vergonha porque somos muçulmanos e sofremos uma perseguição religiosa".

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

China. Os campos de detenção dos uigures são institutos de formação, justifica ministro malaio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU