“O pálio não é uma espada, nem um cetro de poder”, afirma Carlos Castillo, arcebispo de Lima

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02 Julho 2019

“A festa de São Pedro e São Paulo nos reúne junto ao Papa Francisco, estaremos todos unidos com o Papa porque é o pastor de toda a Igreja, que com a fé de Pedro segue carregando todas as ovelhas do mundo para ajudá-las a se promover, crescer, viver com felicidade no amor de Deus”, disse dom Carlos Castillo Mattasoglio, arcebispo de Lima e primaz da Igreja no Peru, na véspera da celebração da Solenidade de São Pedro e São Paulo, apóstolos.

A reportagem é de Renato Martínez, publicada por Vatican News. A tradução é do Cepat.

O pálio como sinal de autoridade para o serviço

O Arcebispo de Lima, explicando o sentido da celebração litúrgica da festa dos santos apóstolos, disse que “esta celebração de São Pedro nos une ao Santo Padre porque no Santo Padre se realiza o mistério de Deus que nos ama e nos dá a fé, e como o Senhor disse: sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”.

Além disso, dom Castillo recordou que “esta celebração litúrgica é muito significativa já que o pálio é entregue a todos os Arcebispos, este sinal de lã onde estão as feridas de Jesus e que significa caminhar com as ovelhas, colocá-las sobre o nosso pescoço e carregá-las. Isso se reflete nessa expressão que dizemos sempre: eis aqui o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

O pálio significa ‘carregar o peso do povo’

Neste sentido, o Arcebispo de Lima também especificou que o significado original do verbo togliere também expressa tolerância, paciência.

“No texto original, o verbo também indica ‘tolerar’, que não significa apenas retirar, mas também suportar. Então, com o Santo Padre, estaremos todos nós, Arcebispos, que precisamos suportar, carregar o peso do povo simples, que precisamos aprender a compreender, que devemos assumir seus problemas e não fugir deles, enfrentá-los e procurar solucioná-los dentro da inspiração de Jesus. Ele carregou nossos pecados e fazendo isso nos abriu a possibilidade de sair desses pecados, porque por meio do amor é sempre possível encontrar uma via de saída dos problemas, para não permanecer como antes e estar sempre em um processo de conversão renovadora da vida”.

A primazia é para criar laços de unidade

Nós, Arcebispos, que estaremos com o Papa, especificou dom Castillo, viemos das Arquidioceses mais antigas. Recebemos o Evangelho na ordem da antiguidade que permite, depois, que seja irradiado para outras sedes.

“Na Igreja, prima a tradição porque foi a forma concreta na qual se inculturou o amor do Senhor Jesus em uma história concreta e em Lima, no caso do Peru – recordou seu arcebispo – é onde se tem a maior densidade de experiência cristã que se irradia e se compartilha com os outros povos”.

Neste sentido é que vem a ideia de primazia do Arcebispo de Lima. Isto não significa que é primaz para se colocar acima de todos, como disse o Papa, para ser uma aduana, mas, sim, “para permitir que os laços de unidade se estabeleçam fluidamente e todos possamos viver a liberdade do Evangelho, a liberdade dos Filhos de Deus, que é uma liberdade no amor que sabe compreender as diferenças e unificar, não sabe uniformizar, mas, ao contrário, unir, que é o que temos como missão”.

Oremos pelo Papa e os novos Arcebispos

Por fim, dom Carlos Castillo convidou a todos a estar unidos em oração nesta festividade.

“Na celebração dos Apóstolos Pedro e Paulo, oremos pelo Papa e por todos nós para que sejamos fiéis e sejamos transparência do Deus de Jesus Cristo que é o único que salva e que, evidentemente, dialoga com os outros crentes, justamente para aprender que o caminho do amor é o único que une a todos nós”.

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