Estudo indica que, na Europa, 33 mil pessoas morrem a cada ano devido a infecções por bactérias resistentes a antibióticos

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08 Novembro 2018

Um estudo do CEPCD estima a carga de cinco tipos de infecções causadas por bactérias resistentes aos antibióticos de interesse para a saúde pública na União Europeia e no Espaço Econômico Europeu (UE/EEE).

A informação é publicada por European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), e reproduzido por EcoDebate, 07-11-2018. A tradução e edição são de Henrique Cortez.

A carga da doença é medida em número de casos, mortes atribuíveis e anos de vida ajustados por incapacidade (DALYs). Estas estimativas baseiam-se em dados dos dados da Rede Europeia de Vigilância da Resistência Antimicrobiana (EARS-Net) de 2015.

Os autores disseram que “a carga estimada de infecções por bactérias resistentes a antibióticos na UE/EEE é substancial em comparação com outras doenças infecciosas, e aumentou desde 2007. Estratégias para prevenir e controlar bactérias resistentes a antibióticos requerem coordenação na UE/EEE e nível global. No entanto, nosso estudo mostrou que a contribuição de várias bactérias, resistentes a antibióticos para a carga total, varia muito entre os países, destacando assim a necessidade de estratégias de prevenção e controle adaptadas às necessidades de cada país da UE/EEE”.

O estudo estima que cerca de 33.000 pessoas morrem a cada ano como consequência direta de uma infecção causada por bactérias resistentes a antibióticos e que a carga dessas infecções é comparável à da influenza, tuberculose e HIV/AIDS combinadas. Também explica que 75% da carga da doença é devida a infecções associadas a cuidados de saúde (IACS) e que a redução através de medidas adequadas de prevenção e controle de infecções, bem como a administração de antibióticos, poderia ser um objetivo alcançável nos serviços de saúde.

Finalmente, o estudo mostra que 39% da carga é causada por infecções por bactérias resistentes a antibióticos de última linha. Este é um aumento em relação a 2007 e é preocupante porque esses antibióticos são as últimas opções de tratamento disponíveis. Quando estas já não são eficazes, é extremamente difícil ou, em muitos casos, impossível tratar infecções.

O estudo foi desenvolvido por especialistas do ECDC e do Burden of AMR Collaborative Group e publicado no The Lancet Infectious Diseases. Os resultados deste estudo também são usados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para estimar a carga econômica da resistência aos antibióticos.


Carga de infecções por bactérias resistentes a antibióticos nos DALY, Área Econômica Europeia e Europeia, 2015

Referência:

Attributable deaths and disability-adjusted life-years caused by infections with antibiotic-resistant bacteria in the EU and the European Economic Area in 2015: a population-level modelling analysis 

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