Hawking: adeus ao gênio dos buracos negros. Artigo de Carlo Rovelli

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16 Março 2018

Stephen Hawking “foi um dos mais brilhantes físicos teóricos da sua geração, teve intuições visionárias sobre a estrutura do espaço e do tempo, sobre a origem do Universo e sobre o destino dos buracos negros”.

A opinião é do físico italiano Carlo Rovelli, professor da Universidade de Aix-Marseille, na França, e diretor do grupo de pesquisa em gravidade quântica do Centro de Física Teórica de Luminy, em Marselha, em artigo publicado por Corriere della Sera, 15-03-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

Suas intuições modelaram a cosmologia moderna: Stephen Hawking morreu aos 76 anos de idade em sua casa de Cambridge. O astrofísico conviveu por mais de 55 anos com uma doença invalidante. “Ele era um grande cientista e um homem extraordinário cujo trabalho viverá por muitos anos”, escreveram seus familiares.

Muitos dos jovens cientistas que eu encontrei ao longo da minha vida chegaram à ciência porque, quando jovens, ficaram fascinados com os livros de Stephen Hawking. Isso, mais do que qualquer outra coisa, foi Stephen Hawking: um personagem único, cuja trajetória muito particular fascinou o mundo.

Ele foi um dos mais brilhantes físicos teóricos da sua geração, teve intuições visionárias sobre a estrutura do espaço e do tempo, sobre a origem do Universo e sobre o destino dos buracos negros; sofreu com uma doença que o paralisou progressivamente até o impedir de falar e, depois, até o ponto em que os únicos músculos que ele controlava eram os dos olhos, e, mesmo assim, ele continuou a pensar, viajar e escrever durante décadas.

Ele soube falar com um público muito vasto no mundo inteiro em uma linguagem que encanta, mostrando a todos as maravilhas mais estranhas do Universo; teve o sereno escrúpulo de declarar em alto e bom tom as suas ideias, como o seu decidido ateísmo ou a sua convicção da irrelevância da filosofia; e, talvez mais do que qualquer coisa, continuou sorrindo, com aquele seu sorriso um pouco manhoso e um pouco de menininho impune, com uma mensagem extraordinária implícita de que, mesmo em uma cadeira de rodas, mesmo sem poder mais mover um músculo, mesmo sem Deus e sem vida eterna, a vida pode ser esplêndida, e somos profundamente livres para criar e vivê-la.

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