Infectologista questiona fracionamento da vacina contra febre amarela

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18 Janeiro 2018

O aumento do número de casos de febre amarela está assustando a população e os responsáveis pelos serviços públicos de saúde. Segundo dados da Secretaria de Saúde de São Paulo, desde janeiro de 2017 até o começo deste ano, 21 pessoas morreram no Estado por causa da doença. Em todo o ano de 2016 foram confirmados dois casos fatais.

A reportagem é de Valéria Paiva e publicada por Jornal da Unicamp, 15-01-2018.

No Estado de São Paulo foram confirmados 40 casos da doença em sua forma silvestre. Foram contraídos na própria região das pessoas, e não de pessoas que viajaram para locais afetados pela febre amarela silvestre no estado desde janeiro de 2017. Ao longo de 2016, 29 casos tinham desse tipo de contágio haviam sido confirmados. Foram registrados casos também no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Espírito Santo e na Bahia.

A febre amarela silvestre é transmitida por meio dos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em florestas, parques com mata nativa e matas ciliares. Nesta forma, os primatas são os principais hospedeiros do vírus, e os humanos são hospedeiros acidentais. Não é possível a transmissão do vírus diretamente entre humanos e outros primatas, pois o vírus precisa de um mosquito como vetor. Em várias regiões com mata fechada aumentou a notificação de bugios e outros primatas mortos pela doença, o que é um indicador da presença do vírus da febre amarela na região.

No meio urbano, a transmissão da doença se dá através do mosquito Aedes aegypti. A infecção ocorre quando uma pessoa é picada por um mosquito infectado em áreas de matas. Ao contrair a febre amarela, o indivíduo pode se tornar uma nova fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. A febre amarela urbana não tem casos notificados no Brasil desde 1942.

Na ultima semana o Ministério da Saúde informou que, entre os meses de fevereiro e março deste ano, 75 municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia irão realizar campanhas de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas. Essa decisão de dividir a dose normal da vacina para cinco pessoas diferentes levantou uma polêmica sobre e eficácia desse tipo de medida.

O Jornal da Unicamp entrevistou o médico Rogério de Jesus Pedro, médico infectologista e professor aposentado da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, sobre o aumento de casos de febre amarela em São Paulo e os possíveis riscos sobre o fracionamento da vacina.

https://www.unicamp.br/unicamp/sites/default/files/2018-01/audio_ju_febre-amarela_20180115.mp3

 

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