Arquidiocese italiana e cinco ordens religiosas cortam investimentos em combustíveis fósseis

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11 Mai 2017

Nove organizações católicas, incluindo cinco ordens religiosas e uma arquidiocese na Itália, pretendem cortar investimentos em empresas de combustíveis fósseis em uma ação programada para enviar uma mensagem para o próximo encontro do G7 a ser realizado na Sicília, Itália.

A informação é de Dennis Sadowski, publicada por Catholic News Service, 10-05-2017. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Representantes dos grupos disseram que se inspiraram na Encíclica do Papa Francisco de dois anos atrás, "Laudato Si' sobre os cuidados para a nossa casa comum".

A decisão foi tomadas pelas Irmãs Franciscanas de Wheaton e as Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, de Wheaton, Illinois; a MGR Foundation, em Nova Iorque; a Congregação Missionária das Servos do Espírito Santo; a Província de São José da Ordem Passionista, no Reino Unido; e, na Itália, a Arquidiocese de Pescara-Penne, a revista Il Dialogo, a Companhia de Jesus, a Rede de ação interdiocesana New Lifestyles e a Comunidade Monástica de Siloé.

O anúncio foi feito como parte de uma campanha global de corte de investimentos, de 5 a 13 de maio, em fundos de empresas de extração de carvão, petróleo e gás natural. Elas redirecionarão os investimentos em empresas que desenvolvem energia renovável.
Mais de 97% dos especialistas atribuem as mudanças climáticas à atividade humana, pelo menos em grande parte.

O anúncio é feito quando os países do G-7 se preparam para um encontro no sul da Itália, de 26 a 27 de maio, e uma reunião de representantes de cerca de 200 países em Bonn, na Alemanha, em 18 de maio, para negociar a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

"Este anúncio destaca a urgência da crise climática. É um lembrete de que o mundo precisa fazer uma transição extremamente rápida dos combustíveis fósseis para a energia limpa", disse Tomas Insua, diretor-executivo Global Catholic Climate Movement, uma associação de mais de 100 organizações. "É uma resposta ao apelo do Papa Francisco na 'Laudato Si' para cuidar de nossa casa comum e cuidar dos pobres e dos nossos filhos, que sofrerão as piores consequências das mudanças climáticas."

As organizações comprometeram-se a começar o corte de investimentos assim que possível. O corte completo de investimentos deve demorar vários anos para ocorrer.

Ao anunciar a ação, o Global Catholic Climate Movement divulgou declarações dos representantes das organizações envolvidas.

A Irmã Sheila Kinsey, das Irmãs Franciscanas Wheaton, disse que sua ordem religiosa tem considerado as "causas da violência" na sociedade há muito tempo e que é preciso acabar com todos os investimentos em combustíveis fósseis. "Através do nosso estudo e discernimento, respondemos com compaixão a necessidades contundentes imediatas e sistêmicas em nível local e global", disse ela. "Consideramos necessário deixarmos os combustíveis fósseis para trás devido ao seu impacto sobre o meio ambiente."

Na Itália, o Pe. Mario Parente, prior da Comunidade monástica de Siloé, disse que a comunidade é "fortemente comprometida com as questões do cuidado e da proteção da criação, e por isso consideramos que é importante fazer parte de uma iniciativa em profunda harmonia com os valores em que acreditamos e que resposta concretamente ao chamado do Papa Francisco em sua Encíclica 'Laudato Si'' para uma conversão ecológica real e uma nova forma de habitar a Terra".

O Arcebispo Tomasso Valentinetti de Pescara-Penne, na Itália, apoiou a guinada em direção às energias limpas. "Esta iniciativa pretende ser o primeiro compromisso concreto na lógica da ecologia integral e do cuidado da casa comum, a que o Papa Francisco nos convoca na carta encíclica 'Laudato Si',' com uma visão de um processo progressivo e efetivo de corte de investimentos", disse ele.

Segundo o Global Catholic Climate Movement, 27 entidades católicas aderiram à iniciativa.

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