Cortiços do Porto Maravilha sob pressão

Mais Lidos

  • “É muito difícil para mim imaginar como vamos sobreviver até o final do século”. Entrevista com George Monbiot

    LER MAIS
  • “A reivindicação identitária nega a mistura”. Entrevista com Élisabeth Roudinesco

    LER MAIS
  • “Declínio da religião e futuro do Evangelho”: Novo livro de José María Castillo

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

11 Janeiro 2017

Quando Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio de Janeiro, lançou a Operação Urbana Porto Maravilha, em 2009, ele prometeu trazer de volta à vida a histórica zona portuária, uma região que estava há décadas abandonada pelo poder público. A revitalização de US$ 2 bilhões foi programada em parceria com o setor privado e inclui arranha-céus, um sistema de bondes e uma nova orla projetada por arquitetos renomados.

A reportagem é de Caterina Clerici e Diane Jeantet, publicada por Agência Pública, 10-01-2017.

Foi o caso de Paulo Cezar da Paula, e também de seu filho, esposa e outras 120 pessoas que habitavam a ocupação Quilombo das Guerreiras, na Gamboa. Todos foram despejados para abrir espaço para a Trump Tower Rio, uma franquia da marca imobiliária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A família agora vive em um armazém abandonado, que eles esperam ser convertido em um dos poucos projetos de habitação social incluídos no projeto de revitalização do Porto Maravilha.

Como há grande procura para morar na região central carioca, aqueles que não são despejados muitas vezes se vêem obrigados a pagar preços excessivos para viver em condições precárias. Silvimar Soares vive com seus dois irmãos em um minúsculo quarto aos pés do Morro da Providência, dividindo com eles uma cama de casal. Cortiços sempre fizeram parte da história do Rio de Janeiro, atraindo, no início, escravos libertos e trabalhadores, que precisavam de uma moradia próxima ao seu local de trabalho.

Funcionários da prefeitura entrevistados pela Pública não reconhecem os cortiços como moradias, deixando os inquilinos vulneráveis em caso de despejos forçados. Ainda assim, existem soluções alternativas, como o caso de Isabela Moreira. Há mais de uma década, Moreira mudou-se para um dos cortiços da região portuária graças a um programa financiado pela prefeitura e pela Caixa Econômica.

O projeto Novas Alternativas Morando no Centro visava à restauração de antigas habitações do centro da cidade para garantir a manutenção de moradia a preços acessíveis na região. Hoje, os moradores estão sentindo ainda mais a pressão de grandes incorporadoras e, sem o apoio da administração municipal, a elitização tem avançado na região.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Cortiços do Porto Maravilha sob pressão - Instituto Humanitas Unisinos - IHU