FSC e Greenpeace debatem o papel das florestas intactas no mundo

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10 Setembro 2015

Às vésperas do 14º Congresso Florestal Mundial, que acontece esta semana em Durban, na África do Sul, dois dos líderes ambientais mais importantes do mundo – Kim Carstensen, Diretor Geral do FSC Internacional e Kumi Naidoo, Diretor Executivo do Greenpeace Internacional – se reuniram em Amsterdã, na Holanda, para discutir a questão fundamental de salvar as últmas áreas remanescentes de florestas virgens do mundo, aquelas ainda totalmente intocadas pelo desenvolvimento moderno: as chamadas Paisagens Florestais Intactas (IFL).

A reportagem foi publicada por Amazônia, 08-09-2015.

“Vemos o FSC como parte da solução para salvar as florestas intactas”, disse Carstensen. “Para assegurar que elas sejam protegidas, temos que olhar para este quadro com mais abrangência e tratar essa proteção como uma “tapeçaria” de soluções, em que algumas áreas são protegidas, outras são reservadas para povos indígenas e outras são responsavelmente exploradas de acordo com os padrões do FSC. Manter os dois extremos, de certificar todas as florestas intactas para uso comercial ou aplicar rigorosamente a proteção total dessas áreas, não é viável, prático ou mesmo desejavel”, completa.

Naidoo, do Greenpeace Internacional, também explicou o conceito de tapeçaria: “Se continuarmos a tratar a proteção do ambiente e as necessidades das pessoas como questões diversas, vamos perder ambas. Somente trazendo as duas juntas, compreendendo onde elas se cruzam, e garantindo, ao mesmo tempo, um ganho para o meio ambiente e uma vitória para as pessoas, é que nós vamos seguir em frente. A luta na qual estamos engajados em um patamar macro, é se a humanidade pode encontrar uma forma de coexistir com a natureza em um relacionamento mutuamente interdependente, por séculos e séculos”, afirma.

Clique aqui para assistir online a discussão entre Carstensen e Naidoo sobre IFLs

Hoje, as florestas intactas compõem quase um quarto da cobertura florestal global, abrangendo 64 países. A moção 65, proposta pelo Greenpeace na Assembléia Geral do FSC em 2014, foi aprovada pela grande maioria dos membros e exije que o FSC desenvolva mecanismos formais para proteger as áreas florestais intactas (IFL) em seus padrões de certificação. Em 2016, o FSC estará prestes a se tornar o primeiro sistema de certificação florestal à incluir IFL nos seus padrões de manejo florestal.

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